Empresa do ferry boat afirma ter se surpreendido com rescisão e nega trabalho análogo à escravidão
A BR Travessias divulgou uma nota pública sobre os últimos acontecimentos que geraram o cancelamento do contrato por parte do Governo do Estado e também a negociação em regime de urgência para que outra empresa assuma imediatamente o trajeto pela Baía de Guaratuba. A empresa classificou como “informações inverídicas” algumas situações que estão circulando pela mídia, como o possível caso de trabalhadores em situação análoga à escravidão, o que seria crime.
A nota também ressalta ter havido uma “surpresa com a ação do Governo ao divulgar a informação” antes de entrar em contato com a própria responsável pelo ferry boat. Com base nisso, eles afirmam que irão “honrar todos os compromissos assumidos”. E confirmaram, ainda, que desde o anúncio do rompimento vêm priorizando os pagamentos de salários dos colaboradores.
“Sobre a informação divulgada nesta quarta-feira de que funcionários vindos de Belém do Pará estariam ‘vivendo em situação análoga à escravidão, passando por privações’, a empresa repudia veemente a afirmação e explica que os colaboradores viviam em casas alugadas pela empresa e não passavam necessidade”, informam.
A crítica vai além e reforça que a postagem insinuando o crime, também realizava um pedido de auxílio para a compra de passagens e alimentação para estes funcionários. A BR Travessias acredita que possa haver “a possibilidade de má-fé, de alguém estar se aproveitando da situação para arrecadar dinheiro em nome dessas pessoas“, frisaram.
Todos os dez colaboradores do Norte do Brasil já estão recebendo seus acertos e têm passagens aéreas emitidas para voltar para suas casas, diz a nota.
O documento conclui afirmando lamentar todos os transtornos acarretados aos usuários: “lembramos que fizemos investimentos e lutamos bravamente para operar em condições desfavoráveis, já que tanto as estruturas dos portos, como a própria sede da concessão, e os equipamentos – três ferrys boats – recebidos, apresentavam avançado estado de deterioração que denotavam, no mínimo, uma década sem manutenção“, concluíram.