Estudantes enfrentam o drama diário de lama, esgoto, mau cheiro e caminhões


Por Redação JB Litoral Publicado 13/04/2017 às 16h43 Atualizado 14/02/2024 às 18h03

Postagem que gerou em polêmica nas redes sociais, de crianças se esgueirando pelo muro da escola municipal Randolfo Arzua, para escapar da calçada tomada pela lama, mostrou o drama diário que vive alunos e professores, no bairro da Vila Portuária, em Paranaguá.

No texto da postagem, feita com fotos do início de fevereiro, quando ocorreram as enchentes na cidade, segundo Gael Antunes, o pedido para que o prefeito Marcelo Elias Roque (PV), ver como se encontrava a entrada da escola Randolfo e que fossem tomadas providências.
 

Gostaria de pedir por nossos filhos que estão convivendo com esta situação. Entram na escola com o pé que é só lama, depois tem que conviver com este mau cheiro e nem um ventilador na sala tem. Uma vergonha. Transferiram o colégio Costa e Silva para o Randolfo e agora tem duas escolas em uma só. Estamos indignados com isso, disseram que iam reformar o colégio e até agora nada”, diz a postagem.
 

A postagem cobra ainda da prefeitura o início das obras no Colégio Costa e Silva, que fica na entrada do bairro do Rocio.

Por favor, sei que não está sendo fácil para você, mas peço sua ajuda. Olhe por nós, só queremos o melhor as nossas crianças e desde já agradeço. Vamos compartilhar até chegar ao prefeito e a TVCI, queremos nosso direito de termos o colégio digno aos nossos filhos”, é o apelo que traz a postagem.

Calçada tomada de mato ao lado do muro da escola

 A internauta Camila Noemi cobrou também o outro lado da calçada na rua da Fospar, cobrando o fato de ninguém mostrá-la. Da mesma forma, o internauta lembrou ao vereador Thiago Kutz (PRB), que entrou no debate, que esta situação de fevereiro, de janeiro, a de agora de abril é de muitos anos, alegando que nada mudou e que está bem pior.

  Lixo acumulado no interior da escola

“A podridão se acumula pelos dejetos de uma escoação de safra do super porto inimigo de Paranaguá, sobretudo da população vizinha da rodovia Bento Rocha que, a cada dia vítima, nossos irmãos e fere a dignidade de cada um de nós parnanguaras”, disparou o internauta.

  Água de esgoto no acesso à escola
 

JB constatou situação calamitosa

No sábado (8) a reportagem do JB esteve na escola e constatou que a situação ainda é pior do que mostrada nas redes sociais. Na rua que dá acesso à entrada do Colégio, o esgoto a céu aberto está vazando na sarjeta e o bueiro que fica diante da porta de entrada, está completamente entupido. Ao lado de uma das manilhas que limitam o acesso de veículos grandes, existe mais água de esgoto acumulada e outras poças no lado oposto. O resíduo da poda feita pela prefeitura, no mato do interior do Colégio continua depositado na calçada. No interior do estabelecimento também existe água empossada e uma grande quantidade de lixo acumulado não recolhido pela Paviservice continuava nos latões e em sacos plásticos.

 Água emposssada está verde na rua que dá acesso a Fospar

Na rua que dá acesso à Fospar, a reclamação da internauta Camila Noemi é coberta de razão. Mais água empossada e de esgoto estão acumuladas e, em uma delas, a cor verde é predominante em toda sua extensão. A calçada que dá acesso à escola está completamente fechada pelo denso matagal que faz divisa com o muro da instituição de ensino. O que mostra que a poda aconteceu apenas no interior da escola e não em seus arredores.

Nesta semana o JB irá procurar a Secretaria Municipal de Educação em Tempo Integral (Semedi) para saber as providências que serão tomadas para melhorar a condição da escola.