“Fumacê” será usado para combater mosquitos da dengue em Paranaguá
As autoridades de saúde já estão programando ações mais enérgicas para prevenir a proliferação da dengue em Paranaguá. A adoção de carro com o “fumacê” deve acontecer nas próximas semanas e visa eliminar o mosquito Aedes Aegypti já na fase adulta, quando ele está voando e fazendo novas vítimas.
Até agora, todos os esforços estão sendo no sentido de conscientizar a população e eliminar o transmissor ainda quando ele está na fase de ovo ou larva. Como foi registrado um novo caso de dengue em Paranaguá neste ano, o segundo contraído na própria cidade desde 2014, a preocupação aumentou.
A população tem que fazer sua parte, devendo eliminar os criadouros de ovos e larvas do mosquito, como garrafas e pratos de vasos, por exemplo. Diariamente, 30 agentes de endemias percorrem as residências de Paranaguá para conscientizar sobre essa importância, mas ainda há pessoas que não se deram conta do problema.
Conforme a enfermeira Isabelle Antoniacomi, do Departamento de Vigilância Epidemiológica, nesta semana vai acontecer treinamento dos agentes de endemias para manuseio do equipamento de fumacê, que nada mais é que a utilização de um larvicida por meio de nebulização.
“A Secretaria de Estado da Saúde vai disponibilizar o produto, o insumo necessário e o treinamento para que a gente já comece a fazer esse tipo de atividade, para diminuir a população de Aedes Aegytpi no município. Mas volto a dizer, mesmo com a utilização dessa estratégia, do fumacê, a população tem que fazer a parte dela”, frisou a enfermeira.
PALESTRA PARA PROFISSIONAIS
Na manhã desta quarta-feira (17), profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros na grande maioria, participaram de palestra no Paranaguá Previdência para receber orientações para conseguirem encaminhar pacientes com suspeita de dengue a fazer exames clínicos.
Nesta época do ano, há dúvidas em relação ao diagnóstico porque alguns sintomas da doença se assemelham com a gripe. O responsável pelas orientações foi o médico Enéas Cordeiro de Souza, do setor de doenças transmitidas por vetor, da Secretaria de Estado da Saúde.
“Achamos por bem reforçar o assunto para sensibilizar os profissionais de saúde, inclusive os que atuam nos postos 24 horas, para que eles pensem além da gripe quando atenderem o paciente, porque os sintomas da dengue são parecidos”, completou a enfermeira Isabelle. Os profissionais também receberam orientações sobre Chikungunya e Zika Vírus, doenças também transmitidas pelo Aedes Aegypti.
