Fumcul abrigará a Casa do Fandango no Solar do Dacheux temporariamente


Por Redação JB Litoral Publicado 29/06/2015 às 16h13 Atualizado 14/02/2024 às 08h25

Sem nenhuma atividade desde 2010, quando o ex-prefeito José Baka Filho (PDT) recebeu as chaves do Solar do Dacheux do superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Paraná, José La Pastina Filho, cinco anos depois o prédio passará a ser utilizado pela Prefeitura de Paranaguá. 

É o que informou a presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcul), Maria Angélica Lobo Leomil, que recebeu o aval do prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) para ceder, temporariamente, o Solar para atividades dos quatro grupos de Fandango do município: Grupo Ilha dos Valadares do Mestre Brasílio, Pés de Ouro do Mestre Nemésio, Mandicuera de Aorélio Domingues e o grupo Mestre Romão. Com exceção de Aorélio, todos os mestres são pessoas idosas, que lutam para atrair jovens e manter viva as batidas do Fandango.

A decisão de usar o Solar do Dacheux ocorreu durante uma reunião que envolveu, além da Fumcul, representante do IPHAN, a chefia de governo e outras secretarias, juntamente com os grupos de Fandango da cidade, quando se discutia onde seria instalada a Casa do Fandango na Ilha dos Valadares. Entre as opções, a mais viável foi o campo do Beira Rio, que ainda entrará no cronograma de obras da prefeitura.
Com a obra do Solar quase concluída, faltando apenas colocação de vidros, tomadas e portão de acesso, Maria Angélica apreciou a ideia de ceder o prédio temporariamente ao Fandango, o que também satisfez os mestres fandangueiros. Desde de segunda – feira (22), a Fumcul iniciou a preparação para receber ações culturais e atividades envolvendo o Fandango no prédio histórico. Inclusive, já existe até uma programação definida para os próximos dias, que terá como ponto de partida o 1° Encontro do Fandango na próxima quinta-feira (25).

Segundo a presidente da Fumcul, era intenção do prefeito Kersten que o prédio fosse utilizado e ele ficou satisfeito com a decisão. “O prefeito Kersten queria dar agilidade para aquele espaço histórico que estava ocioso e tudo isso veio a calhar”, disse Maria Angélica.

Restaurante Escola

Projetado para abrigar um Restaurante Escola, o prédio faz parte do patrimônio histórico tombado da cidade. No primeiro andar, já foram colocados novos pisos, banheiros e elevador para acessibilidade. No segundo andar, a intenção é para que se funcione um café com computadores para consulta informatizada sobre a história e pontos turísticos da cidade. No interior do prédio, um pedaço da parede foi deixado à mostra para que as pessoas pudessem conhecer como eram feitas as construções da época quando o Solar foi construído, que utilizavam um barro regional e pedras.