Gestão Hélder pode não fechar folha de pagamento da prefeitura até o final do ano


Por Redação JB Litoral Publicado 12/10/2015 às 06h00 Atualizado 14/02/2024 às 10h21

No último dia 26, em plenário, a vereadora Flávia Rebello Miranda (PT) criticou a situação da saúde da gestão municipal do prefeito Hélder Teófilo dos Santos (PSDB), apontando um possível caos financeiro, bem como ausência de ar condicionado em estabelecimentos de saúde do município. De acordo com a legisladora, as conclusões foram obtidas em reunião do Conselho Municipal de Saúde feita no último mês, aonde se chegou à conclusão de que o planejamento dos gastos da administração municipal precisa ser repensado, com reestabelecimento imediato de prioridades.

Segundo a vereadora, na reunião junto ao Conselho, percebeu-se uma grande insatisfação dos presentes com relação à prestação municipal de contas da área de saúde, bem como com o desligamento dos aparelhos de ar condicionado em estabelecimentos municipais, submetendo cerca de 50 pessoas ao calor extremo em uma sala. “De acordo com informações técnicas, o próximo verão será um dos mais quentes, sendo que na média aumentará cerca de três graus em relação ao do ano que se passou. É vergonhoso as pessoas terem de esperar por suas consultas, na maioria das vezes por cerca de duas a três horas, e ainda passarem por tamanho calor”, critica.

Flávia Miranda alerta que o planejamento de gastos do município precisa ser urgentemente repensado, “pois muitas prioridades estão sendo deixadas de lado. Não sou contra o choque de gestão, porém as prioridades têm de serem mantidas e os cortes devem ocorrer nas áreas corretas e não da maneira que está sendo realizada”, explica. Segundo ela, tal situação se reflete claramente na insatisfação geral da população, bem como no descontentamento dos próprios funcionários da área em Morretes.

Um dos focos de preocupação da vereadora, dos trabalhadores e dos membros do Conselho Municipal de Saúde é a questão da prestação de contas do 2° quadrimestre fiscal da saúde. “A referida prestação de contas fora muito bem apresentada por uma funcionária, porém ficou bem claro que esta Casa de Leis terá de trabalhar muito, haja vista que o orçamento está uma colcha de retalhos”, ressalta.

Orçamento para salários garante pagamento só para setembro

A situação de alerta elucidada pela vereadora se deve ao fato de que, segundo ela, o orçamento garante a remuneração de funcionários somente para o mês de setembro, existindo um total de R$200 mil para “pagamento de efetivos e comissionados para os últimos três meses do ano, fora 13° salários”, número insuficiente para que a conta feche. Flávia afirma que logo a Câmara irá receber um Projeto de Lei Municipal justamente para a readequação orçamentária no município, criticando novamente o fato de “algumas áreas do Poder Executivo Municipal estão nos limites de seus gastos”, finaliza.