Golpes em vendas na internet se tornam mais comuns; saiba como evitar


Por Publicado 04/11/2021 às 17h23 Atualizado 16/02/2024 às 18h14

Com o crescimento dos e-commerces, aumentou também a denúncia de golpes em vendas falsas pela internet. A prática se tornou mais fácil devido a facilidade de anunciar produtos e de interagir diretamente com a vítima.

Agora há diversas formas de realizar compras online, seja em grupos de redes sociais destinados ao comércio, plataformas própria para vendas, trocas e compras, como o Marketplace do Facebook e também perfis dedicadas a determinados produtos, no Instagram ou WhatsApp, por exemplo.

A psicóloga Rebeca Pegoraro foi uma das vítimas do crime virtual. Ela buscava uma blusa específica a muito tempo e, após muita procura, viu o anúncio do produto em uma rede social. Entrou em contato com a vendedora e recebeu todas as informações sobre o item, o preço, o envio. A conversa estava toda encaminhada até que, após fazer o pix adiantado, a suposta comerciante a bloqueou de todas as redes e ignorou os contatos futuros. Até hoje a psicóloga afirma não ter conseguido reaver o dinheiro, além de também não ter recebido a roupa desejada.

Rebeca cometeu um erro comum nesse tipo de situação: a vítima confia no golpista e acaba pagando antes de receber o produto. Outro caso parecido foi com Diogo dos Santos, pintor de Guaratuba, que buscava móveis para o quarto do seu filho e achou alguns itens que lhe agradavam. Os produtos, muito abaixo do valor do mercado, eram novos, chegavam em até 3 dias, não cobravam frete e o comerciante estava super disposto a realizar a venda.

Diogo afirma que iria realizar o pagamento para receber os móveis, mas que foi alertado. “Meu filho me falou que deveríamos esperar e pagar apenas no ato da entrega. Quando falei isso para o vendedor que eu tinha encontrado no Facebook, ele pediu pelo menos um adiantamento para que pudesse enviar os produtos. Como me recusei e falei que não havia como ter a certeza que os produtos chegariam, ele retirou o anúncio da plataforma e na sequência excluiu a própria rede social. Era um perfil fake“, explica.

PROCON DE PARANAGUÁ DÁ DICAS

O JB Litoral procurou o Procon de Paranaguá para esclarecer quais as formas de garantir mais segurança nas compras pela internet. De acordo com o órgão, tanto a psicóloga como o pintor passaram por situações parecidas e poderiam ter evitado o problema, como por exemplo, não aceitar pagar antes de receber o produto ou ter comprado em lojas oficiais de empresas do varejo ou por app’s especializados, que se responsabilizam por eventuais danos.

A instituição reforça o pedido para se certificar do que está fazendo. “Compras na Internet sempre em sites oficiais. Não entrar em links que migre para páginas fraudulentas, como por exemplo páginas do Facebook ou Instagram“, explicam.

Não pagar antes de receber é uma regra primordial para não cair em golpes. “Antes de efetivar o pagamento, conferir o boleto bancário se os dados da loja vendedora conferem com o do banco emitente. Só então efetuar o pagamento, lembrando que o código do banco dever ser o mesmo do inicial do código de barras. Mesmo assim corre o risco de ser um boleto falso. Por isso deve se pagar no caixa do banco, porque assim aparece o real nome da empresa que está no boleto, se for fraude o caixa já comunica o consumidor que está pagando o boleto“, reforça o Procon.

Sobre as questões legais é difícil punir os criminosos pela complexidade de identificar o autor do crime. “Como será difícil identificar o responsável, somente no final dos trâmites judiciais será possível saber a punição cabível. Então finalizando, muita cautela nas compras on-line, pois o crime cibernético está muito intenso“, concluem.