Guaraqueçaba retirou mais de 150 toneladas de lixo das ilhas de Superagui e Peças nos último dois anos


Por Publicado 27/02/2022 às 21h13 Atualizado 17/02/2024 às 02h42

A questão do lixo descartado de forma inadequada em Guaraqueçaba é antiga e rotineira, diz a prefeitura. Outro ponto levantado pela gestão é que a população local e os turistas não costumam cumprir as regras de higiene e proteção ambiental de forma eficiente e acabam sujando espaços coletivos, como as praias.

Em fevereiro, um dos diversos mutirões que são realizados para recolher os objetos descartados juntou cerca de 200 quilos de lixo no próprio município e também pela Ilha das Peças.

A Secretaria de Meio Ambiente analisa que o grande problema é que mesmo sendo uma quantidade considerada grande de rejeitos, adessivo trabalho de mutirão é pouco e não atende a verdadeira demanda da cidade. “Para se ter uma ideia da quantidade de lixo gerado nas ilhas de Superagui e Peças, que são as comunidades que mais recebem turistas e veranistas, o Estado forneceu oito balsas que transportaram 90 toneladas de lixo, no início da nossa gestão. Em maio de 2021, contratamos mais quatro balsas que retiraram aproximadamente 60 toneladas e ainda assim, o barracão de transbordo de Superagui permaneceu com muito lixo”, explica a secretária Vanilda Dias.

Apesar da tentativa em diminuir o problema, a gestora responsável por toda questão ambiental diz que a situação é complexa e demanda bastante atenção porque há muito descarte de rejeitos na região. “No segundo semestre de 2021 foi feito procedimento licitatório para contratar mais dez viagens de carga, transporte e descarga para transportar o lixo das comunidades de Superagui e Peças e então conseguimos limpar totalmente o barracão do Superagui. Além da contratação do transporte da balsa, também foi feito procedimento licitatório para contratação de profissionais por meio de credenciamento para transporte insular e terrestre dos resíduos e materiais recicláveis”, comenta.

Então, como a necessidade de atuação é maior do que esses eventos esporádicos de empresas, Vanilda explica que toda ajuda é útil, mas que duas horas recolhendo produtos não resolve completamente a situação. “A problemática do lixo é grande e nós fazemos o recolhimento dos resíduos das comunidades rurais e insulares e na sede de segunda a sábado. Três vezes por semana também é coletado os materiais recicláveis e encaminhado a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (ACMR-Guará). Atualmente os resíduos gerados nas ilhas são coletados e transportados à sede onde a associação faz a separação, em que os materiais recicláveis são vendidos gerando renda e o rejeito tem a destinação ambientalmente correta”, diz.

Entre as empresas que tenta auxiliar na limpeza está a Sanepar que também distribui sacolinhas plásticas a fim de incentivar os veranistas a recolherem o próprio lixo.

No Verão Paraná – Viva a Vida 2021/2022, ocorreu uma atividade de limpeza e para promover a conscientização em dar o destino ideal aos seus produtos. Nataly Alves, que é gestora ambiental da Sanepar, acredita que é necessário cuidar hoje para desfrutar amanhã. “É preciso pensar no meio ambiente, pensar no futuro. O descarte incorreto causa impacto em outras praias, em outras ilhas. E um maior cuidado com o lixo torna o planeta mais limpo e saudável para todo mundo”, relata.