IAP PÕE FIM AO MISTÉRIO


Por Redação JB Litoral Publicado 19/06/2015 às 09h15 Atualizado 14/02/2024 às 08h16

Em razão de muitas denúncias de venda de barro enviadas para a nossa redação, no dia 16 de setembro de 2014, o JB iniciou uma série de reportagens sob o título “Caixa-preta de Antonina”, que tratou do assunto com o servidor municipal Oriel Eleuterio, a prefeitura e o empresário Telmo Luis Veloso de Souza. 

De acordo com o servidor, que é operador de máquina do município, naquela época saíram cerca de 28 mil metros cúbicos de barro, algo em torno de 2.800 caminhões contendo o material. Entre os questionamentos do JB que não foram respondidos pela prefeitura e pelo empresário, estava a indagação se o barro retirado da obra e despejado no bota fora estava sendo feito através de venda ou por meio de doação. Telmo, por sua vez, disse em uma reportagem que as perguntas não tinham nenhuma relação com ele e que iria procurar seus direitos em relação à matéria publicada. Antes, porém, ressaltou que os botas fora foram feitos com o DER e toda parte burocrática quem faz é o DER”. A prefeitura, por sua vez, limitou-se a informar que os terrenos onde o barro foi depositado possuíam todas as licenças ambientais necessárias e estavam aptos para serem o bota fora da obra do Morro do Bom Brinquedo.

Na semana passada, instruído por um ex-dirigente do IAP, o JB finalmente teve acesso as informações do Bota Fora, no caso a Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) n° 7691, protocolo 131982917 emitida no dia 22 de maio de 2014 e com validade até o dia 22 de novembro deste ano. A licença foi autorizada ao município de Antonina. Na licença, constava a informação do BOTA FORA com atividade específica de terraplenagem da obra de contenção do morro Nene Chaminé- Bom Brinquedo. O documento traz como condicionantes, as seguintes condições: “Os locais assim definidos não poderão receber outro tipo de material que não aquele indicado no protocolo acima descrito. Os materiais oriundos deste pedido não poderão ser comercializados. Não poderá ser depositado materiais em áreas de Preservação Permanente. Em caso de saturação dos locais, deverá o município solicitar novas áreas”.

Com isso, fica confirmado que o barro do morro do Bom Brinquedo depositado no bota fora do empresário Telmo não poderia ser comercializado, apesar de que a suspeita que houve e ainda existe comercialização foi denunciado por vereadores no JB e na Câmara.

Prefeitura não se manifesta

A reportagem do JB, mais uma vez, seguindo orientação da Secretária de Comunicação, Cibele Fontanella, enviou pedido de informação sobre esta reportagem, fazendo três quesiotnamentos. Foram eles; desde o período de 22/05/2014 a prefeitura fez uso do barro depositado no bota fora do morro do Bom Brinquedo?; A prefeitura comprou barro do bota fora ou recebeu sob forma de doação?; A prefeitura fez doações do barro do bota fora? Até o fechamento desta edição não houve retorno. Por sua vez, atendendo ao pedido do empresário Telmo que pediu que não mais o procurasse para dar sua versão dos fatos, o JB não o procurou, mas deixa espaço aberto para que ele se manifeste sobre o assunto.