Jean Veiga alerta para período de “vacas magras” até abril na Estiva de Antonina


Por Redação JB Litoral Publicado 23/01/2015 às 19h12 Atualizado 14/02/2024 às 05h34

Preocupado com o futuro da categoria neste início de 2015, o presidente do Sindicato dos Estivadores de Antonina, Jean Veiga, alerta para um período difícil nos primeiro quatros meses na movimentação portuária em Antonina. 

Com um efetivo de 130 associados entre registrados e cadastrados e mais quatro aposentados, Jean considerou o ano de 2014 regular para os trabalhadores portuários avulsos (tpas), bem diferente de 2013, considerado ótimo e que contou com quase 200 navios movimentando fertilizantes pelo Terminal Privativo da Ponta do Félix (TPPF). “Em 2013 tivemos navio do começo até o fim do ano” recorda o líder sindical.

Este ano, porém, o presidente alega que a instabilidade da economia fez o dólar subir e como o porto só trabalha com carga de importação, o reflexo imediato foi a redução na movimentação, pois as empresas nacionais e internacionais deixaram de comprar fertilizantes e passaram segurar seus estoques.

O presidente lembra que o último navio que atracou no porto chegou dia 24 de dezembro e foi embora no dia 9 deste mês. Desde então, os avulsos estão sem trabalho na faixa portuária.
Jean explica que o TPPF tem capacidade para receber até dois navios simultâneos no pique de movimentação, o que resulta em trabalho diário para 36 homens durante 24 horas em apenas um terno (equipe de trabalho). Com bom movimento de navios, Jean diz que os estivadores alcançam uma média salarial que varia de R$ 3 a R$ 3,5 mil por mês. “Hoje não estamos tirando nem um salário mínimo”, lamenta o presidente bastante preocupado. Ele prevê que esta situação deverá ser normalizada a partir de maio e não sabe como muitos associados irão se manter neste período de escassez.