Júri condena PM a 22 anos de prisão por assassinar a ex-companheira


Por Gabriel Santos Publicado 14/04/2022 às 15h44 Atualizado 17/02/2024 às 06h22

Em maio de 2018, o policial militar Diogo Costa Coelho foi acusado de assassinar a ex-companheira Andrielly Gonçalves, de 22 anos, após não aceitar o término do relacionamento.

Com duas sessões realizadas na terça-feira (12) e quarta-feira (13), o Tribunal do Júri o condenou a 22 de anos e 6 meses de prisão em regime fechado.

O julgamento do réu aconteceu no Fórum de Justiça de Colombo, município da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A decisão do júri considerou o crime cometido pelo policial como feminicídio, assassinato fazendo uso de um método cruel e ocultação de cadáver.

Sobre o caso

Andrielly conversava com outra pessoa numa chamada de vídeo quando a ligação acabou repentinamente, desde então, não houveram mais informações sobre o paradeiro da vítima. Durante a audiência, a testemunha, com quem a vítima mantinha contato, comentou que o casal estava separado, mas que ela relatava que Diogo apresentava comportamentos violentos e de perseguição.

Câmeras de monitoramento mostraram que, no dia 9 de maio, a jovem e o réu foram vistos saindo juntos do apartamento. Na época, o acusado falou que a tinha deixado em um terminal de ônibus próximo de onde morava e, a partir de então, não teve mais contato com ela.

Mas com o andamento da investigação, foram encontrados indícios de que o PM estava envolvido no seu desaparecimento. O corpo dela só foi achado na Estrada da Graciosa, em Morretes, um mês depois. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), ela foi sufocada por um saco plástico.