Mais de 40 mulheres de Paranaguá receberam o kit natalidade em outubro

A entrega de kits natalidade para recém-mamães e gestantes de Paranaguá já virou tradição. Periodicamente, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, realiza a distribuição dos itens para mulheres cadastras nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

Na quinta-feira (27), foi a vez de mais de 40 mães receberem seus kits que contêm o enxoval completo necessário para os primeiros atendimentos ao bebê. São fraldas, mamadeira, chupeta, banheira, roupas, lenços umedecidos, entre outros materiais que auxiliarão nos cuidados com o recém-nascido.

Mensalmente, a procura pelos kits natalidade tem crescido nos CRAS. Parte do aumento se dá pela maior divulgação da medida assistencialista. “Tivemos um aumento significativo na entrega, até porque ampliamos a oferta e várias mulheres que têm necessidade, que estão em vulnerabilidade e sendo acompanhadas pelos centros de referência estão tendo acesso ao kit”, diz a secretária de Assistência Social, Ana Paula Falanga.

Atualmente, seis CRAS realizam o atendimento à população em situação de vulnerabilidade. Cada um tem uma região de abrangência, que atende a todos os bairros de Paranaguá. Por exemplo, o centro do Porto dos Padres acolhe os moradores do bairro e, também, de outros como Jardim Iguaçu, Jardim Figueira, Beira Rio, Padre Jackson, Porto dos Padres, Araçá, Vila Paranaguá, Emboguaçu, Primavera, Vila do Povo, São Carlos, Raia, Palmital, Estradinha, Santa Cecília e Vila Sesc.

“Então aquela mulher que tem necessidade, que está grávida e precisa desse suporte, é só procurar o CRAS de sua região, fazer o acompanhamento com a assistente social e, se se enquadrar dentro dos critérios de vulnerabilidade, será atendida”, explica Ana Paula.

“Vem em boa hora”, diz mãe

A mamãe Evelize Cunha Izaías Rodrigues, de 33 anos, é moradora do Jardim Alvorada e há dois meses deu à luz a uma linda bebê. Ela conta que a gravidez foi descoberta de surpresa e, pouco tempo depois, a bebê já nasceu. Com isso, houve pouco tempo para a preparação do enxoval e ela, que é autônoma, precisou se ausentar do trabalho.

“Essa foi a primeira vez que procurei o acompanhamento do CRAS e, felizmente, consegui. Esse kit vai me ajudar bastante, porque eu e meu esposo somos autônomos e a Helena veio de surpresa, foi tudo muito rápido. Como eu trabalhava com artesanato, precisei dar uma pausa e estou conseguindo manter tudo em ordem pelo apoio do Município”, comenta.

Já Andriele Cruz Putrique, de 27 anos, tem uma relação mais longa com o CRAS. Ela é mãe de um menino de 10 anos e está grávida de oito meses de uma menina; mas desde a gestação do primogênito é atendida pelo centro de referência.

“Eu já tenho ajuda do CRAS desde o meu primeiro filho, que tem 10 anos. Esse kit vem numa boa hora, porque estamos deixando tudo prontinho para a hora que a bebê nascer”, diz.

Ampla divulgação

Todas as pessoas em situação de vulnerabilidade podem procurar o CRAS mais próximo da sua casa e passar pelo atendimento de uma assistente social, que irá verificar se o caso se enquadra de acordo com a legislação. Caso a resposta seja positiva, ela fará os devidos encaminhamentos para os programas em vigência, tanto municipais quanto estaduais e federais.

Jociane Florentino Mariano é psicóloga e coordenadora do CRAS Porto dos Padres. Ela conta que cada vez mais mães estão sendo beneficiadas pelos kits natalidade.

“Estamos sempre procurando divulgar esses kits entre a comunidade, então quando fazemos o acolhimento, já é feita uma ficha social, conversado com a família e vamos vendo as demandas. O kit é muito completo, vem todo o necessário, principalmente, para logo que o bebe nasce. Quanto mais as mães procuram, outras já vem também. Somente neste mês, tivemos 15 solicitações do kit. É um dos CRAS que mais solicita, porque atendemos muitos bairros da região”, finaliza.

Critérios para concessão do kit natalidade

Para que a gestante consiga ter acesso ao kit fornecido pela prefeitura, é necessário que ela se enquadre em critérios bem específicos:

• Renda familiar per capita (valor total dividido pela quantidade de pessoas que vivem na mesma casa) de até ¼ do salário mínimo, aproximadamente R$303;
• Inscrição feita pessoalmente no CRAS do território onde a família mora;
• Acompanhamento e comprovante de gravidez, a prioridade é para as grávidas que estão no final da gestação;
• No caso de já ter ganhado o bebê, o prazo máximo para cadastramento é até 90 dias após o nascimento.