Moradoras cobram providências contra alagamentos na Ponta da Pita
Um drama que se repete a cada chuva mais intensa tem provocado revolta nos moradores do bairro da Ponta da Pita, mais especificamente os residentes na Rua José Rodrigues Pereira, que é o alagamento de suas casas por águas da chuva acompanhada de esgoto em Antonina.
De acordo com as moradoras Jociane Santos Xavier e Irene da Igreja Brandes, presidente do Conselho Municipal de Saúde, desde as fortes chuvas do carnaval os alagamentos no bairro ficaram mais intensos, tomando conta dos terrenos e invadindo residências.
Jociane conta que as águas da chuva avançaram para o interior do seu quintal e geraram diversos prejuízos e chegaram a ponto de danificar sua horta, destruindo as plantações de batata, couve e quiabo. Ela reclama ainda do mau cheiro e da invasão de animais rasteiros como ratos, aranhas e até cobras. Segundo a moradora, o esgoto entra em casa pelo ralo externo e do banheiro.
Por sua vez, Irene conta que no Carnaval teve que deixar sua casa e permaneceu três dias na casa de amigos, sem condições de voltar para sua residência, porque as águas subiram cerca de 20 centímetros no interior de sua casa. Os prejuízos com móveis, roupas, alimentos foram significativos.
Ambas as moradores disseram que na semana passada uma nova chuva tornou a alagar toda a extensão da rua e invadiu não apenas as casas de Jociane e Irene, mas também dos vizinhos que sofreram grandes prejuízos.
Indignadas, as moradoras procuraram o setor de Obras da prefeitura para pedir providências, mas foram orientadas para irem até a Vigilância Sanitária que, por sua vez, disse que este problema não era de responsabilidade do setor e pediram que Irene e Jociane fossem falar com o vice-prefeito Wilson Clio de Almeida Filho. Este, por sua vez, disse que enviaria uma equipe para verificar esta situação, o que de fato ocorreu. Porém, segundo as moradoras, eles apenas tiraram fotos das casas e nada fizeram. Diante da falta de ação da prefeitura, elas levaram o problema para o Ministério Público do Paraná (MPPR), que protocolou a denúncia e pediu que retornassem em 10 dias para ver o andamento, mas que em 30 dias haveria uma posição do órgão.
As moradoras acreditam que os alagamentos ocorrem por conta de entupimento existente na rede de manilha ou ainda em razão de uma boca lobo existente numa igreja desativada, que também pode estar entupida.
Prefeito não responde
Atendendo a orientação da Secretária de Comunicação do município, Cibele Fontanela, a reportagem do JB enviou quatro questionamentos ao prefeito João Ubirajara Lopes (PSC), o João Domero, para que falasse sua versão dos fatos. Foram eles: O que a prefeitura tem feito para sanar este problema? Qual foi a última vez que a prefeitura fez o desentupimento da rede de manilhas desta rua? Qual setor tem a responsabilidade de cuidar desta situação? Existe algum cronograma de obras para dar atendimento a este problema na Ponta da Pita? E se existe, quando ocorrerá? Porém, até o fechamento desta edição não houve nenhuma retorno.
