Novo acordo de multifunção deve vigorar a partir de julho


Por Redação JB Litoral Publicado 06/05/2016 às 06h00 Atualizado 14/02/2024 às 13h17

Prevista na Lei Federal 12.815/2013 que rege a atividade portuária no país, a multifuncionalidade caminha para um sistema de padronização no Porto de Paranaguá. Uma reunião na última terça-feira (26) entre o Sindicato dos Operadores Portuários do Paraná (SINDOP) e a Intersindical de Paranaguá avançou com as discussões acerca do assunto. 

Com o intuito de fazer com que os trabalhadores portuários avulsos (TPAs) exerçam a multifunção, mas ao mesmo tempo, não deixando seus respectivos sindicatos de origem desguarnecidos, o encontro serviu para elaborar uma ata que agora seguirá para cada categoria, a fim de que seja discutida e aprovada internamente por meio de uma assembleia geral. Após isso, será elaborado um termo com as principais mudanças e, finalmente, em julho, o novo modelo de trabalho deve ser colocado em prática.

Para o Presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga nos Portos do Paraná, Carlos Antônio Tortato, a reunião foi proveitosa. “Todos os sindicatos estiveram reunidos e a conversa caminhou para o mesmo lado. No caso dos conferentes, houve avanços ainda maiores, já que, com o novo termo, poderemos participar da multifunção e também deixar nossas atividades bem preparadas”, afirma Tortato.

Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários do Paraná (Sintraport), Gérson do Rosário Antunes, o Gérson Bagé, a inserção do Sindicato dos Conferentes e a normatização da multifunção trará benefícios: “Os Conferentes têm uma particularidade por ser um sindicato mais reduzido, no entanto, ele foi agregado e agora fará parte. Da mesma forma, o importante é que a reunião foi bem coerente no sentido de que o operador portuário apresentou suas razões e os trabalhadores também apresentaram suas justificativas. Ou seja, o Sindop não quer que o navio fique parado e os profissionais querem exercer as múltiplas funções, dentro das possibilidades, e garantir melhor renda. Por isso é importante este acordo, que vigorará, se tudo correr bem, a partir de julho”, explica Bagé.

O trabalhador primeiro cumprirá suas obrigações com o sindicato o qual pertence e, após isso, poderá exercer outras funções sem que sua faina seja desfalcada ou prejudicada”, diz Lozano do Sindicato dos Estivadores de ParanaguáO Presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná, João Lozano, explica que com o novo acordo “o trabalhador primeiro cumprirá suas obrigações com o sindicato o qual pertence e, após isso, poderá exercer outras funções sem que sua faina seja desfalcada ou prejudicada”. Nos próximos dias haverá, portanto, as assembleias internas em cada sindicato. Logo após, o novo termo será elaborado. O objetivo é o de que ele passe a ter validade a partir do segundo semestre de 2016.