Obras de reforço do cais de Paranaguá entram em fase final


Por Redação JB Litoral Publicado 25/12/2015 às 09h00 Atualizado 14/02/2024 às 11h31

As obras que de reforma e reforço do cais do Porto de Paranaguá entraram em sua fase final, superando as expectativas iniciais de prazos. Com todas as estacas cravadas na água e parte dos berços já reformados e liberados para operação, a obra avança agora para o Corredor de Exportação e deve ser totalmente finalizada no primeiro trimestre de 2016.

A total remodelação dos berços proporcionará um novo layout para as operações. “Teremos um ganho de capacidade de aproximadamente 10 milhões de toneladas ao ano, que nos permitirá atender melhor os clientes do Paraná e do Brasil”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

“Já temos mais de 75% da obra concluída em todo o cais e os avanços nos berços que já foram finalizados são notórios. Transformamos berços que tinham um alto índice de ociosidade em totalmente operacionais”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.

Os berços 206, 207 e 208 já foram concluídos e estão operando com os guindastes móveis de fertilizantes, conhecidos como MHC. Esta operação era inviável em alguns berços por conta do peso dos equipamentos. Antes da obra, alguns pontos do cais só suportavam uma pressão de 2 toneladas por metro quadrado. Agora, com a condução das obras, estes mesmos locais já suportam uma pressão de carga de mais de 5 toneladas por metro quadrado. Além disso, os berços estão prontos para serem dragados para a sua nova profundidade, a 13,8 metros.[tabelas]Com maior capacidade de carga no cais e viabilizando as novas profundidades alcançadas pela dragagem, o Porto de Paranaguá incrementa sua capacidade de movimentação. No caso dos fertilizantes, é possível operar em todos os berços dedicados a esta carga com guindastes de terra. “Já o aumento da profundidade fará com que os navios possam atracar com mais carga em Paranaguá, diminuindo os custos”, explica Luiz Henrique Dividino.

A TODO VAPOR – Para os operadores dos terminais localizados nestes berços, o mais importante é que as intervenções foram feitas com o menor impacto possível nas operações. A previsão inicial de paralisação do berço 204, operado pela Pasa, por exemplo, era de 70 dias. Mas no final das contas o berço ficou apenas 8 dias sem operação por conta das obras. “Foram usados flutuantes que permitiram que a obra fosse feita sem atrapalhar as operações do terminal. Foi a melhor solução possível”, afirma o gerente de operações da Pasa, Eric de Souza.

Ele explica que o reforço do cais permitirá que o terminal aumente sua produtividade. “Com a dragagem do berço, poderemos carregar navios com até 55 mil toneladas, aumentando a movimentação por embarcação em mais de 10% e reduzindo o custo dos fretes”, diz.

INVESTIMENTOS – A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) investiu R$ 89 milhões na reforma do cais do Porto de Paranaguá. Estes recursos somam-se a uma série de obras que os Portos do Paraná vêm recebendo ao longo dos últimos anos. No total, são R$ 511 milhões em melhoria de infraestrutura e projetos estruturantes. Ao longo deste ano, por exemplo, já foram instalados dois novos shiploaders (carregadores de navios) e até o final do ano deverão ser inaugurados outros dois.