“Paranaguá não vai ficar à mercê de vagabundo”, declara delegado Nilson Diniz em semana marcada por ações de combate à criminalidade, em Paranaguá
Os últimos dias da semana passada foram marcados pela presença constante das forças de segurança pública nas ruas de Paranaguá. Na quarta-feira (22), o prefeito Marcelo Roque (PSD) declarou, por meio de uma publicação em suas redes sociais, que é preciso uma ação conjunta na cidade. “Vamos unir todas as forças de segurança do nosso município no combate à criminalidade”, afirmou Roque.
Junto à declaração, o chefe do Executivo municipal postou um vídeo do vereador e delegado Nilson Diniz (União), que falou durante sessão na Câmara sobre os índices de criminalidade e como a violência está sendo tratada na cidade.
“Tive uma conversa com o prefeito Marcelo Roque, por mais de duas horas, na qual ele se demonstrou extremamente preocupado com a segurança em nosso município. Eu tranquilizei o prefeito e lhe disse que, em que pese o número alto de homicídios que nós estamos enfrentando aqui, nós temos um número tão grande quanto em prisões”, disse o parlamentar.
Segundo Diniz, desde o começo do ano, foram 84 prisões oriundas de mandados de prisão resultantes de investigações realizadas pela Polícia Civil. O delegado também declarou que 95% das mortes violentas ocorrem entre organizações criminosas.
“Autores e vítimas vendem droga, morrem e matam. É difícil para o estado propiciar segurança pública para essas pessoas, mas eu posso afirmar que todas as forças de segurança estão engajadas no combate à criminalidade e Paranaguá não vai ficar à mercê de vagabundo. Dei o exemplo de Santa Maria que se intitulava ‘dono do bairro’ e hoje está preso“, declarou.
Polícia nas ruas
Na quinta-feira (23), foi realizada a Operação Saturação feita pela Polícia Civil em conjunto com a Guarda Civil Municipal (GCM) de Paranaguá. Na ação, que foi acompanhada pelo JB Litoral, foram efetuadas abordagens em locais suspeitos ou com denúncias de tráfico de entorpecentes.
“O objetivo maior é restituir a sensação de segurança para todo o povo parnanguara, principalmente nessas regiões em que hoje há grande concentração do tráfico de drogas e tem maior número de homicídios. Nós faremos operações de forma frequente em nosso município e, paralelamente a isso, estamos conduzindo investigações complexas acerca de homicídios para que essas pessoas sejam, de fato, responsabilizadas pelos seus atos”, disse Nilson Diniz, durante a operação.
O delegado operacional da 1ª Subdivisão de Polícia de Paranaguá, Ivan José, também participou da operação e nominou algumas das regiões alvo da ação.
“A região que tem tido mais incidência de homicídios é a Vila Guarani, Padre Jackson, Jardim Iguaçu e Beira Rio. Também vamos atuar no Jardim Esperança, Porto Seguro, Vale do Sol e Vila Garcia. Durante as nossas operações de saturação diária, em que a população percebe a presença da Polícia Civil, nós imediatamente começamos a receber informações em tempo real”, detalhou o delegado ao JB Litoral.
Trabalho “silencioso”, mas constante
Para o supervisor geral da GCM, Fabiano Martins Carvalho, trabalhos conjuntos facilmente percebidos pela população são de suma importância, mas tão relevantes quanto, também são aqueles feitos “sem aparecer”.
“A população pode até não ter conhecimento de que esse trabalho é feito, mas essa atuação conjunta da GCM com a Polícia Militar e, principalmente, com a Polícia Civil, usando a nossa estrutura da Muralha Digital, já é feita diariamente. Mas claro que essas operações são fundamentais para que a população tenha essa sensação de segurança na cidade”, disse Fabiano.
O supervisor da GCM também revelou que a área de abrangência do policiamento será aumentada.
“Já fazemos esse trabalho de segurança preventiva, que é uma atribuição nossa nos bairros. Inclusive, o prefeito Marcelo Roque pediu para que seja aumentada nos bairros, então estamos mudando a nossa estrutura de policiamento, onde iremos reforçar as viaturas de área nos bairros, com motocicletas no Valadares, e nas colônias também vamos colocar mais viaturas”, finalizou.
Na sexta-feira (25), no mesmo modo preventivo, foram realizadas blitzes pela Polícia Militar no Centro Histórico e na Ilha dos Valadares. Até sábado, 72 homicídios foram registrados em Paranaguá, desde o começo do ano.