Petrobras deve anunciar novo aumento da gasolina neste mês, diz Bolsonaro
No início da semana, em viagem pela Europa, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a Petrobras deve anunciar um novo reajuste no preço dos combustíveis neste mês.
“A Petrobras anuncia, isso eu sei extraoficialmente, novo reajuste em 20 dias”, disse Bolsonaro. “Isso não pode acontecer. A gente não aguenta, porque o preço do combustível está atrelado à inflação”, lamentou.
Com a fala do presidente da república, os investidores entenderam que poderia haver alguma interferência governamental nos preços da empresa e o mercado financeiro se manteve instável nos últimos dias.
Com a repercussão negativa da fala do presidente, a própria empresa desmentiu o chefe máximo do executivo do Brasil e disse que não há qualquer decisão sobre um novo aumento e que as medidas não são adotadas de forma antecipada. “A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, disse a companhia em nota.
O presidente aproveitou para fazer críticas à gestões anteriores, já que, segundo ele, nas gestões do PT a empresa estava defasada e nas gestão de Temer o preço ficou atrelado ao dolár.
Nesta quarta-feira (3) o Governo Federal começou a divulgar anúncios publicitários garantindo que a menor parte do valor dos combustíveis retorna à empresa de capital misto e que o grande responsável pela maior parte do valor cobrado é o Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). O imposto é responsável por custear gastos como educação, segurança e saúde a nível estadual.
Em algumas regiões o litro da gasolina chega a custar R$ 7,50, tendo Goiás como o Estado com os preços mais altos nesse momento. Em Fernando de Noronha, postos chegam a cobrar R$ 10,00 por litro.