Prefeitura e MPPR não se manifestam sobre o “Terror do Portinho” em Antonina


Por Redação JB Litoral Publicado 06/04/2016 às 19h00 Atualizado 14/02/2024 às 13h00

Temido como o “Terror do Portinho”, Abel, um homem de cerca de 40 anos, forte e com suspeita de problemas mentais, tem levado medo e pavor para mulheres e crianças em Antonina.

Impune de suas ações, uma vez que é visto pelo setor policial como “021”, gíria usada para pessoas com problemas mentais, o “Terror do Portinho”, que mora na Rua Escoteiro Milton Oribe, bairro Graciosa de Baixo, tem sido alvo de constantes denúncias dos moradores por tentativas de agressão, danos materiais, xingamentos, atos obscenos e perseguições a mulheres e crianças.

No início deste mês, atendendo ao pedido da comunidade, o JB falou com diversos moradores do bairro sobre as ações de Abel, em especial com as moradoras Celi do Carmo Miranda, sua filha Jéssica, Marizete Esperança e Ana Paula Luft Pereira e trouxe o apelo para que alguém ou alguma instituição tome providências, antes que algo mais grave ocorra no bairro.

No dia 18 deste, o JB procurou o Ministério Público do Paraná (MPPR) e as Secretarias de Ação Social e Saúde para saber o que pode ser feito para garantir a segurança dos moradores do Portinho.

A reportagem enviou dois questionamentos para o prefeito João Ubirajara Lopes (PSC), o João Domero, e para as secretarias de Ação Social, que tem como responsável a primeira-dama Adriana Salles Fernandes Lopes e de Saúde, sob o comando de Neide Fernandes da Conceição.

Nos questionamentos, as perguntas foram as seguintes: ambas as secretarias tem conhecimento desta situação? Se sim, houve alguma providência? E o que as secretarias podem fazer nestes casos, levando em conta se tratar de um problema social?

Os mesmos questionamentos foram enviados para o Ministério Público do Paraná. Porém, a assistente da promotoria pediu a extensão do prazo porque o promotor de Justiça estava em curso e o retorno foi prorrogado até sexta-feira (25), inclusive para o prefeito e as secretárias municipais. Porém, nenhum deles retornou até o fechamento desta edição.

Entretanto, a assistente do MPPR havia informado por telefone que o órgão tinha conhecimento do assunto e havia cobrado da prefeitura uma solução para o problema, através de um tratamento médico para Abel, através da Secretaria de Saúde. De acordo com a assistente, a situação estava sendo tratada pela pasta, mas ainda não tinha sido resolvida até a data do telefonema, no dia 18 deste mês.

Na semana passada, o JB obteve a informação que Abel havia sido internado, depois que entrou na casa de um idoso com uma faca. Porém, na sexta-feira (25) ele já estava solto novamente.