Prefeitura paga R$ 3,3 milhões para aterro sanitário e lixo continua indo para Embocui


Por Redação JB Litoral Publicado 18/06/2015 às 14h00 Atualizado 14/02/2024 às 08h14

A prestação deste serviço, que custa aos cofres públicos a quantia de R$ 559.152,00 ao mês, encerra no dia 29 deste mês e, ocorrendo a prorrogação por mais seis meses, totalizará um faturamento de R$ 6.710.304,00 para a empresa. Um valor mais do que suficiente para construção de dois aterros sanitários na cidade. 

Entretanto, alguns dias antes da abertura da 7ª Semana de Meio Ambiente, a TVCI trouxe uma reportagem que mostrou o despejo de lixo em plena via pública, diante do acesso ao Lixão do Embocui.

No sábado, foi a vez da reportagem do JB se deparar com um caminhão de coleta se dirigindo ao lixão interditado que, surpreendentemente, entrou com dois meninos – supostamente recicladores – perigosamente agarrados na parte traseira e lateral do caminhão.

O veículo estava acompanhado de um utilitário, cujo motorista vinha dando instruções ao que dirigia o de coleta e depois ajudou a manobrar de ré para o interior do Lixão do Embocui.

A situação da via pública ainda é a mesma mostrada na reportagem da TVCI, com o detalhe que enormes sacos contendo material reciclado estavam guardados no outro lado da via pública. O muro de acesso ao Lixão do Embocui se transformou numa área de despejo do lixo da cidade.

Vale destacar que a JM faz a prestação do serviço de destinação final dos resíduos sólidos, mesmo a prefeitura tendo a seu dispor, desde 2010, o crédito de R$ 2,6 milhões. São R$ 600 mil do Governo Estado (através do Instituto das Águas) e mais R$ 2 milhões de um convênio resgatado junto a Petrobras, firmado em 2005, graças à intervenção do então deputado estadual Waldir Leite (PSC). Na reportagem feita pelo JB em maio, a prefeitura foi questionada em relação à destinação final do lixo da cidade, inclusive sobre os gastos com locações de espaço nos aterros sanitários privados. Entretanto, o ex-secretário de Meio Ambiente, João Roberto Barros Maceno Silva, não deu retorno dos questionamentos ao JB, inclusive sobre o projeto de construção do aterro sanitário.

Nesta semana, mais uma vez, o JB entrará em contato com o novo secretário de Meio Ambiente, Luiz Fernando Oliveira, para saber sobre esta situação e o aterro sanitário.