PSOL em fase de reestruturação em Paranaguá e no litoral
Na última semana, o secretário de comunicação, Bernardo Pilotto (PSOL), que foi candidato a governador nas eleições de 2014, concedeu entrevista ao JB, onde abordou a respeito da conjuntura política do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Paranaguá, no litoral em todo o Paraná. Atualmente a sigla não possui uma comissão provisória em Paranaguá, visto que está em fase de reorganização não só no município, como também em toda a região. A presidente do PSOL no Paraná é a bióloga Tabata Gomes, que é também professora da rede estadual de ensino. Segundo Pilotto, intenção é de que o PSOL se fortaleça nas eleições de 2016 no litoral paranaense.
De acordo com Bernardo Pilotto, atualmente o PSOL está recomeçando praticamente do zero em Paranaguá. . “Isso porque os filiados do partido na cidade, ao se coligarem com partidos que estão fora do espectro de alianças do PSOL em 2012, descumpriram uma decisão coletiva do Congresso do PSOL e aí tivemos que desfazer a comissão provisória. Com a campanha eleitoral de 2014 e com as greves que aconteceram e estão acontecendo este ano, conseguimos organizar um novo grupo de filiados e militantes, que já está se preparando para formalizar o partido e, principalmente, para atuar na política da cidade”, explica.
Segundo o secretário de comunicação do PSOL, não só em Paranaguá, como também todo o litoral, a fase atual da sigla é de reorganização e efetivo crescimento, destacando que em Pontal do Paraná o partido terá candidatura própria para prefeito, inclusive com nome bem citado em pesquisas eleitorais. Um dos destaques do PSOL no litoral é Vinícius Prado, que é presidente do partido em Pontal e foi candidato na região a deputado federal em 2014, sendo uma das lideranças presentes na greve dos educadores com relação ao governador Beto Richa (PSDB).
A presença do partido nas eleições municipais de 2014 será forte, segundo Pilotto. O PSOL buscará ter candidatos a prefeito e vereadores em 2016 em todas as cidades onde está organizado. Isso porque consideramos que os demais partidos não nos representam, com exceção do PSTU e do PCB, que são nossos aliados”, explica. A sigla partidária afirma que as lideranças na região crescem e procuram oxigenar a política litorânea. Segundo ele, os filiados da sigla no litoral “são, basicamente, educadores, estudantes e servidores que estiveram na linha de frente das greves que ocorreram e que ainda estão acontecendo. É importante registrar que nossa construção é coletiva e que as lideranças que surgem são fruto de debates em conjunto e ações coletivas”, acrescenta.
“Nós fazemos um balanço positivo de nossa construção, visto que temos conseguido nos inserir de modo mais qualificado nos principais temas da conjuntura política, seja nacional ou local. Isso acontece porque há uma mudança no panorama político brasileiro. Depois de anos de marasmo, vimos o esgotamento do modelo petista de crescimento econômico gerar uma crise política e social, onde se colocam distintas alternativas e opções. O PSOL tem se configurado como uma alternativa de esquerda coerente”, explica, tendo uma visão otimista do aumento de filiados do PSOL no litoral e no Paraná.
