Reportagem do JB sobre violência obstétrica repercute e Procuradoria da Mulher pede explicações ao Hospital Regional


Por Publicado 10/11/2021 às 17h21 Atualizado 16/02/2024 às 18h56

Uma reportagem do JB Litoral divulgado nesta terça-feira (9) sobre um recém-nascido que morreu após violência obstétrica repercutiu no poder público. Com centenas de comentários, a matéria chegou até os vereadores da Câmara Municipal de Paranaguá e, por meio da Procuradoria da Mulher da casa, os legisladores começaram a buscar respostas sobre a denúncia.

A vereadora Vandecy Dutra (PP) divulgou em suas redes sociais um pedido de explicações endereçado ao gestor da unidade. “Nós da Procuradoria da Mulher da Câmara, assinamos hoje o ofício, para ser enviado ao Diretor-Geral do Hospital Regional do Litoral, solicitando que responda alguns questionamentos, considerando a recente repercussão do caso que vitimou um recém-nascido nesta unidade de atendimento na semana anterior”, diz o texto em uma rede da parlamentar.

A Câmara de Vereadores também divulgou uma nota demonstrando apoio ao movimento organizado por Vandecy e vereadores Nilson Diniz (PSL) e Isabelle Dias (PSB). A reportagem reforça que seguirá acompanhando os desdobramentos do caso.

Foto: Reprodução/ Redes Sociais.

Confira abaixo a íntegra da nota da casa legislativa:

Os vereadores integrantes da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Paranaguá protocolaram um ofício na sede do Hospital Regional do Litoral (HRL), nesta quarta-feira (10), solicitando informações a respeito do caso da morte de um recém-nascido, ocorrido na semana passada, logo após o parto.

No documento, assinado pelos vereadores Nilson Diniz (PSL), Vandecy Dutra (PP) e Isabelle Dias (PSB), a Procuradoria questiona o protocolo de atendimento realizado com a paciente, bem como quer informações a respeito do protocolo a ser seguido nos partos realizados na casa hospitalar.

O ofício pede também informações sobre o corpo clínico que atendeu a situação do parto, e se a gestante teve a chance de escolher entre os procedimentos possíveis para o parto (parto normal ou cesárea).

‘Apesar de não haver indícios concretos sobre irregularidades no parto realizado, mas, em face a gravidade das notícias veiculadas sobre o ocorrido, devemos, enquanto Procuradoria Especial da Mulher, nos posicionar e cobrar respostas sobre a situação’, disse o delegado e vereador Nilson Diniz.

A Procuradora da Mulher, Vandecy Dutra, reforçou a intenção de cobrar explicações sobre um fato que se apresenta como uma violência obstétrica cometida contra uma mulher. ‘Devemos investigar o que ocorreu de fato e é justamente isso o que estamos propondo com este documento. Não podemos e não vamos nos calar’, acrescentou a vereadora.

A vereadora Isabelle Dias também fez questão de falar a respeito do caso. “O serviço público deve ser prestado com qualidade e com respeito a todos, por isso é nosso dever exigir respostas quando identificamos desrespeitos”, avisou.