Reportagens do JB resultaram na economia de R$ 20 milhões à Prefeitura de Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 17/06/2015 às 15h00 Atualizado 14/02/2024 às 08h13

Diferentemente do que anunciou o Observatório Social de Paranaguá em seu levantamento de resultados, os 20 milhões de recursos públicos economizados com o cancelamento dos pregões 02/2015 e 03/2015 feitos pela Prefeitura de Paranaguá ocorreram somente após as denúncias feitas pelo JB no mês de fevereiro.

Foram duas denúncias que desencadearam no cancelamento das licitações milionárias. Após a primeira que tornou pública a compra de 17,5 milhões de sacos de lixo e 47,5 milhões de papel sulfite A-4 feita no dia 10 de fevereiro, quatro dias depois, a prefeitura informou ao JB, através de nota, que o prefeito havia revogado o pregão 02/2015 (sacos de lixo). Por sua vez, ao ler a reportagem, o vereador Adalberto Araujo (PSB) entrou com pedido de informação sobre as possíveis irregularidades nas duas licitações e, para surpresa do JB, no dia 19, o parlamentar enviou nota para a Câmara Municipal informando que estariam sendo retirados apenas os itens 89,90 e 91 da licitação milionária dos sacos de lixo e que sequer houve qualquer informação sobre o pregão presencial 03/2015, do papel sulfite. A nota serviu de base para a bancada de apoio ao prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) derrubar o requerimento do vereador Adalberto Araujo (PSB), que pedia esclarecimentos do que ocorrera no Pregão, em relação ao levantamento feito pela reportagem do JB e não por nenhum trabalho feito pelo Observatório Social.

Após esta situação, o JB tornou a denunciar o descumprimento e cobrou esclarecimentos da prefeitura sobre essas contradições de informação e somente no dia 26 de fevereiro a prefeitura voltou a se manifestar sobre o assunto, desta vez, em seu Portal de Informação, esclarecendo que o prefeito Kersten tinha revogado os dois processos de licitação na modalidade pregão presencial para compra de sacos de lixo (material de limpeza) e folhas de papel sulfite tamanho A4 (material de expediente). Durante todo esse processo, a prefeitura em momento algum citou qualquer trabalho de fiscalização sobre estas duas licitações feitas pelo Observatório Social de Paranaguá, da mesma forma que os vereadores que discutiram as licitações na Câmara. Até mesmo os vereadores da bancada de apoio do prefeito ao derrubarem o pedido de informação do vereador Adalberto Araujo sequer argumentaram o acompanhamento do Observatório Social nestas duas licitações.
Razão pelo qual, chamou a atenção a iniciativa do OSP de incluir como demanda da entidade o cancelamento das licitações.

Vale lembrar que a denúncia do JB se baseou no levantamento feito pela reportagem que mostrou que a licitação que previa a compra de 17.544.100 sacos de lixos de cinco diferentes capacidades de acondicionamento tinha investimento de R$ 7.399.878,06. O mesmo ocorrendo com o Pregão Presencial 03/2015 que previa a compra de R$ 5,2 milhões em material de expediente e, entre elas, R$ 1,6 milhão em papel sulfite A-4, o que totalizaria 47.545.000 folhas.