Secretário diz que recurso para locação daria para comprar um caminhão de coleta novo


Por Redação JB Litoral Publicado 10/04/2015 às 14h40 Atualizado 14/02/2024 às 07h00

   Atendendo convocação da Câmara Municipal de Antonina, o secretário de Meio Ambiente, o advogado Anderson de Morais Lopes respondeu as perguntas dos vereadores na sessão de terça-feira (31) onde falou sobre sua pasta. Porém, o assunto mais debatido foi a polêmica do acúmulo de lixo em toda cidade.
   
  Para alguns vereadores, os números fazem supor que o problema não está sendo encarado como se deve. O secretário informou que a forma de cobrança da taxa de coleta é de R$ 10,00 ao ano e cobrada juntamente com o Imposto Predial, Territorial e Urbano (IPTU), o que representaria cerca R$ 70 mil, caso houvesse 100% de arrecadação. Contudo, Anderson ressaltou que existe 70% de inadimplência do imposto, o que reflete diretamente na taxa de coleta, chegando a uma arrecadação de cerca de R$ 21 mil ao ano. Os vereadores entenderam que a secretaria tem orçamento, mas o dinheiro acaba sendo gasto em medidas que não resolvem concretamente a situação. Para o vereador Marcio Balera (PSD), enquanto não se decidir mudar a fórmula, o problema continuará e a cidade verá licitações de terceirização escoando o pouco dinheiro da cidade em benefícios de poucos. “É preciso uma gestão responsável, coisa que infelizmente hoje não temos. E a população com o lixo tomando conta das ruas? Ao que me parece, isso fica num mero detalhe”, postou o vereador na rede social.
   
   Os vereadores tomaram conhecimento que R$ 35 mil é o valor que a prefeitura paga para despejar o lixo da cidade no aterro sanitário de Paranaguá, no bairro de Alexandra, uma vez que a cidade não tem local apropriado.Este é outro grave problema do lixo, por isso é que digo que enquanto não mudarem a gestão, nada vai ser resolvido e os problemas só vão se agravar. O problema não está só na falta do caminhão como quiseram fazer acreditar. O problema é muito mais grave”, disse Balera.
   Na sessão, os vereadores tomaram conhecimento, através do secretário de Meio Ambiente, que o custo de um caminhão de coleta é de R$ 315 mil, enquanto um caminhão novo custa cerca de R$ 275 mil. Atualmente o município possui dois caminhões de coleta e um está quebrado e sem funcionamento.