Sem Vistoria do Corpo de Bombeiros


Por Redação JB Litoral Publicado 06/06/2015 às 14h00 Atualizado 14/02/2024 às 08h05

O incêndio no apartamento do 7º andar do edifício Lac Maison, ocorrido no dia 30 de abril, em Paranaguá, que pode ter sido provocado por um curto circuito no cabo de um computador, levantou a suspeita que o prédio estava em desacordo com as normas exigidas pela legislação que rege o sistema habitacional. 

Uma investigação feita pelo JB descobriu que o Ministério Público do Paraná (MPPR) havia enviado uma recomendação para a prefeitura cobrando que a Secretaria Municipal de Urbanismo (Semur) tomasse as medidas necessárias (administrativas ou judiciais) para que os responsáveis pelo prédio efetivassem a obtenção do certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros. Esta informação repassada pela prefeitura garante ainda que a Semur tomou as medidas cabíveis em relação à interdição do prédio Lac Maison, incluindo um parecer da secretária de Urbanismo, Aline Dias, pela confiscação do edifício. Ainda de acordo com a Semur, a recomendação do MPPR foi seguida.
Localizado numa área nobre do município e habitado por moradores de classe social elevada, o Lac Maison é um prédio residencial que possui uma sofisticada construção. Entretanto, vale ressaltar que o Corpo de Bombeiros teve dificuldade para controlar e por fim ao incêndio, em razão da altura do prédio e sua localização de intenso movimento. Apesar do susto aos moradores, ninguém ficou ferido, inclusive o morador.

O incêndio

De acordo com o proprietário do apartamento, o fogo começou no quarto por volta das 17horas e 30 minutos. “Deixei o computador na tomada e fui tomar um banho. Quando saí, vi as chamas e corri para chamar ajuda”, relata o homem, que não quis ser identificado. Funcionários do prédio conseguiram evacuar o local com segurança. “No momento do incêndio, seguimos os procedimentos e subimos pelas escadas avisando os outros moradores. Conseguimos descer todos com segurança pela escada. O sistema de combate a incêndio do prédio funcionou perfeitamente”, declarou o síndico do edifício, Edmilson Petrovski.

A equipe de reportagem do JB que chegou ao local às 17 horas e 45 minutos, observou que quatro viaturas do Corpo de Bombeiros foram necessárias para apagar a chamas. Os soldados subiram as escadas com máscaras e cilindros de oxigênio para combater o fogo numa visibilidade zero. O elevador do prédio só foi desativado às 18 horas e 34 minutos, após o porteiro notar, através das câmeras de segurança, que a água escorria pelo ascensor.