Sesa instala comissão para investigar morte do menino Bruno de Antonina


Por Redação JB Litoral Publicado 18/04/2015 às 15h20 Atualizado 14/02/2024 às 07h07

   A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) instaurou uma comissão para investigar e analisar a morte do adolescente Bruno Pires, 15 anos, que faleceu no dia 14 de março. Segundo a mãe, Marcia Alves Ferreira, 35 anos, a equipe médica do Hospital Regional do Litoral não prestou os devidos atendimentos e chegou a recusar a realização do exame de Raio X e tomografia computadorizada. O menino havia sofrido afundamento craniano e veio a óbito dois dias depois. Na autópsia foi encontrada uma pedra brita no crânio da vítima, que poderia ser detectada com os exames.

  De acordo com a mãe, o menino foi agredido na rua com uma pedrada no dia 11 de março. Ele foi levado ao hospital de Antonina, porém sofreu convulsão e precisou ser transferido pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) para o Hospital Regional do Litoral. Justamente neste dia, os profissionais da saúde estavam num movimento de greve e o menino permaneceu no corredor do hospital esperando atendimento médico. Segundo ela, quando o adolescente iria passar pelos exames, funcionários não permitiram que o procedimento fosse realizado, sob a alegação que estavam há meses sem receber seus salários. Além de Bruno, a mãe contou a reportagem do JB que um homem que havia caído do telhado também não pôde realizar os exames nesse dia. Conforme os relatos da mãe, Bruno teria dormido no corredor e no dia seguinte o médico de plantão, José Cerqueira, receitou nimesulida e dipirona ao menino, que recebeu alta no mesmo dia. Dois dias depois, Bruno passou mal e foi levado novamente ao Hospital Regional, onde entrou em coma e faleceu horas depois.
  Após a descoberta da pedra que estava no crânio do menino, a mãe acredita que a negligência foi um dos fatores da causa da morte e levou o caso a Justiça. “A dor de uma mãe perder um filho não tem preço e por isso vamos fazer com que os culpados paguem por esta negligência que tirou a vida do meu filho”, relata. Segundo a Sesa, o órgão só vai se pronunciar sobre o caso após o término do processo das investigações. A reportagem do JB continuará acompanhando o caso.

 

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