“Sintraport começa gestão sem dinheiro em caixa”, afirma o presidente Gerson Bagé


Por Redação JB Litoral Publicado 18/06/2015 às 17h08 Atualizado 14/02/2024 às 08h15

No dia 16 de abril, um dia antes da posse da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Portuários dos Portos de Paranaguá e Antonina (Sintraport), o ex-presidente Orlei de Souza Miranda divulgou no Boletim Informativo da categoria sua despedida informando que entregava um sindicato saudável financeiramente com exatos R$ 1.363.497,85 aplicados em bancos públicos. 

Entretanto, após a posse e conhecimento da situação do sindicato, o presidente Gerson do Rosário Antunes, mais conhecido por Gerson Bagé, juntamente com a sua diretoria foram da tranquilidade à preocupação, ao descobrirem que começaram a gestão sem um centavo sequer no caixa do sindicato, porque o valor informado pelo ex-presidente está sendo requerido pelo ex-advogado da categoria João Carlos Gelasko, depois de uma autorização repassada por Orlei Miranda.

De acordo com Bagé, o que foi colocado no Boletim Informativo e comentado durante a posse é mentira e, por conta disto, a diretoria já notificou o ex-presidente e o tesoureiro do Sintraport, José Gastão dos Santos, assim como todo o Conselho Fiscal da gestão anterior. A diretoria notificou ainda o ex-vice-presidente, Wilson Moraes da Silva, que presidiu a categoria desde o início do Sintraport. Segundo o atual presidente, existiram contratos com advogados que estão obscuros e fora dos parâmetros do sindicato. “Houve sim uma situação que o Orlei nos passou uns valores da ação 723 que estavam em conta judicial, só que após a retirada do corpo jurídico que era o Dr. Gelasko, fomos surpreendidos pelo advogado com mensagens eletrônicas e uma ação judicial requerendo os valores repassados por Orlei, além de uma multa de 10% sobre o valor.

“O sindicato além de não ter mais nada, ainda vai começar sua gestão devendo mais R$ 145 mil. Começamos negativo e já entramos no vermelho no dia que entramos no sindicato”, desabafou o presidente da categoria.

Sindicato vai recorrer

Para o presidente, os recursos que ainda se encontram nas contas do sindicato e estão sendo cobrados pelo Dr. Gelasko pertencem ao Sintraport. “O Orlei forçou uma situação em setembro de 2014 devolvendo o dinheiro em juízo para o advogado, com a petição que o Dr. Gelasko fez assinando junto com Orlei e o juiz. Esse dinheiro não pertence ao advogado e não pertence ao Orlei para ele dar esse dinheiro ou devolver para o Gelasko e ainda comprometer o sindicato com uma multa de mais 10% se não for devolvido.“Eu não vou devolver esse dinheiro para o Gelasko amigavelmente ele vai ter que entrar na justiça”, defendeu o presidente.

O presidente ressaltou que a diretoria está apurando todas as atas e, em nenhuma de 1989 até 2008 existem atas constituindo ou aprovando a contratação do Dr. Gelasko como jurídico do Sintraport, situação que será discutida na justiça.
O sindicalista disse que existe uma lacuna enorme no livro de ata do sindicato que termina em 3 de novembro de 1989 e retorna somente em 2008, uma irregularidade que será levantada pela diretoria.