Somente neste ano, 86 acidentes envolvendo ciclistas já foram registrados no Litoral


Por Diogo Monteiro Publicado 19/08/2022 às 14h59 Atualizado 17/02/2024 às 15h32

Nesta sexta-feira (19), o Brasil celebra o Dia do Ciclista, data que foi instituída após o ciclista Pedro Davison, de 25 anos, ser atropelado enquanto pedalava no Eixo Sul de Brasília (DF), em 2006. Desde então, campanhas voltadas à segurança foram realizadas por todo o País, mudando a forma como os ciclistas eram observados. Somente após o caso os ciclistas passaram a integrar um dos artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mais especificamente o 29, destacando que eles têm prioridade sobre os veículos automotores, e os pedestres têm prioridade sobre os ciclistas.

Neste ano, de 1º de janeiro a 19 de agosto, segundo o sistema de comunicação das ocorrências do Corpo de Bombeiros (CB), as equipes do 8º Grupamento de Bombeiros do Litoral atenderam 86 acidentes envolvendo cliclistas na região. De acordo com o 1° Tenente do Corpo de Bombeiros, Lucas Schramm, os ciclistas devem utilizar equipamentos de segurança e roupas refletivas para que eles possam ser observados a distância por outros veículos. “Um dos primeiros equipamentos a serem observados pelos ciclistas é a questão da manutenção e estado de conservação do seu meio de transporte, já o segundo e principal ponto é o uso de capacete, luvas e roupa apropriada, mesmo que o trajeto seja o mais longo ou mais perto, isso garante que o ciclista terá boas condições de segurança durante o seu passeio”.

A prática esportiva aumentou nos últimos anos e muitos grupos utilizam as rodovias estaduais e federais para se deslocar entre os municípios e áreas rurais do Litoral. O tenente enfatizou que nesses deslocamentos é importante que seja feito o uso de sinalizações e que os ciclistas não andem sozinhos. “No caso de deslocamento pelas rodovias, se possível, o ciclista deverá equipar sua bicicleta com equipamentos de sinalização luminosos, participar de equipes especializadas que fazem com maior frequência o trajeto e, principalmente, não ir sozinho; sempre estar acompanhado de alguém mais experiente”, lembrou.

Ciclo faixa na Avenida Coronel José Lobo em Paranaguá. Foto: Diogo Monteiro/JB Litoral

Outro ponto importante destacado pelo tenente Schramm é sobre os cuidados que se devem ter quando um ciclista sofre um acidente com ferimentos moderados ou graves. A orientação é para que o local do acidente seja sinalizado e evitar mexer ou deixar que a vítima se movimente. “Uma das primeiras medidas a serem tomadas em casos de acidentes é fazer o contato com os Bombeiros via 193 ou com o Samu pelo 192 e, caso possível, fazer a sinalização da via, principalmente na BR-277. Para evitar que o problema se agrave, é importante que o local do acidente seja devidamente sinalizado e evitar mexer ou deixar que a vítima se movimente até a chegada do socorro”, finalizou.

Ciclo faixas no Litoral

O Plano de Mobilidade indicou que mais de 6 mil moradores de Pontal do Paraná utilizam a bicicleta. Foto: Diogo Monteiro/JB Litoral

Das sete cidades do Litoral, cinco têm ciclo faixas instaladas e sinalizadas em suas principais avenidas. Apenas Guaraqueçaba e Morretes não contam com espaços exclusivos para o tráfego de bicicletas. De acordo com levantamento feito pelo JB Litoral junto às prefeituras, Paranaguá tem 27.1 km de ciclo faixas, seguido por Matinhos com 11km, Pontal do Paraná com 5,5km, Antonina 1,6km e Guaratuba com 4.4km. Já Morretes pretende instalar 10km, mas o projeto ainda está em fase de estudo.