Suspeitos de integrarem “Tribunal do Crime” são absolvidos pela justiça
Foi em novembro de 2018 que a Polícia Civil deflagrou a operação ADSUMOS, que resultou na prisão de diversas pessoas acusadas de participarem do “Tribunal do Crime”, em Paranaguá. Na última semana, o Tribunal do Júri da cidade decidiu pela absolvição de parte dos acusados. Em entrevista ao JB Litoral, o advogado de um dos apontados como principal suspeito, na época, disse que a justiça foi feita e por isso a absolvição ocorreu. Ainda cabe recurso na justiça.
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“Meu cliente era acusado de cinco crimes, homicídio com duas qualificadoras, por motivo torpe e cruel, corrupção de menores, ocultação de cadável, corrupção de menores pela ocultação de cadáver e também a associação criminosa, por conta do “Tribunal do Crime”. Nós conseguimos provar no processo que os envolvidos na acusação não integravam esse Tribunal do Crime e não faziam parte da associação criminosa”, destacou Elson Marcelino, advogado de Tawan Alves, que na época do fato tinha 18 anos. Além dele, Alex, Marcelo e Tiago foram absolvidos e os sobrenomes acabaram preservados pelo processo ocorrer em sigilo, já que envolve menores.
“O Tawan foi condenado a uma participação menor, já que estava no local, mas não deu causa a morte. Mas o depoimento dele fez com que os outros três fossem absolvidos do envolvimento. Lembrando que o processo havia sido desmembrado, inicialmente eram cinco acusados, um dos réus ainda vai ser julgado em data ainda a ser marcada“, explicou o advogado de defesa.
Relembre o caso
No dia 25 de outubro de 2018 a Polícia Militar fez o achado do primeiro cadáver decapitado, encontrado boiando no Rio Emboguaçu, no Porto dos Padres. A vítima era Josemar Martins dos Santos, de 31 anos, e foi morta a facadas, além de ter a cabeça cortada e o corpo jogado no rio. No mesmo local, 15 dias depois, o cadáver de Osmar Teixeira Policarpo, de 35 anos, morador no Emboguaçu, foi encontrado também com sinais de facadas e sem a cabeça.
Dos outros réus acusados de participação no crime, três menores já foram julgados pelo órgão competente de ressocialização de crianças e adolescentes e o último acusado ainda aguarda julgamento, no entanto, o processo segue em segredo de justiça.