Taxa de embarque consta na passagem e custa R$ 2,44


Por Redação JB Litoral Publicado 22/06/2015 às 06h00 Atualizado 14/02/2024 às 08h20

Na semana passada, os vereadores discutiram a necessidade da construção de banheiros públicos nas principais praças de Paranaguá, levando este benefício aos parnanguaras e turistas. 

Entretanto, locais construídos com recursos públicos, que deveriam oferecer uma opção gratuita para atender a população diante de suas necessidades fisiológicas, cobram pelo uso. É o caso do Mercado do Café, Terminal Rodoviário Municipal e Terminal Coletivo Urbano, locais de intensa movimentação de pessoas.

Em Curitiba, a rodoviária intermunicipal atende esta situação e possui banheiros públicos gratuitos aos usuários e também a opção tarifada. Cabe ao usuário escolher o que usar e, para os que não têm recursos, se torna uma garantia de não passar constrangimento e dores desnecessárias.

Estes lugares públicos atualmente praticam a mesma tarifa para uso de suas instalações, -R$ 0,50- , entretanto, não existe nenhum tipo de controle e fiscalização na arrecadação destes recursos. Recentemente, o JB mostrou que somente no Terminal Municipal Rodoviário de Paranaguá, segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsu), é arrecadado, em média, R$ 33 mil ao mês, o que deve chegar a quase R$ 400 mil ao ano. Este valor, porém, não deve alcançar o arrecadado no Terminal Urbano e no Mercado do Café, em razão do maior fluxo de pessoas e o consumo maior de alimento e bebida. Mesmo assim, considerando o mesmo valor arrecadado na Rodoviária, a prefeitura chega a faturar R$ 100 mil ao mês, fechando R$ 3,6 milhões dos três lugares ao ano. Uma quantia que não é tributada tampouco fiscalizada e cujo destino não há como se levantar de forma eficiente. Ainda de acordo com a Semsu, “as aplicações dos recursos são para manutenção da rodoviária e compra de material de limpeza e expediente necessários”. Dentre as últimas ações realizadas pela Semsu com este recurso, que deve chegar a R$ 100 mil ao mês, “estão à troca de redes de proteção contra pombos, limpeza de calhas, revisão do telhado e manutenção geral dos banheiros”. Alguns usuários ouvidos pelo JB consideram que o valor pago para usar o banheiro é exagerado. “Imagina se um dia eu precisar ir ao banheiro e não ter nenhuma moeda. Como fica a minha situação? Acho que eles não deveriam cobrar”, declara a vendedora Maria de Lurdes, 49 anos, moradora em Antonina, que passa pelo menos três vezes por semana pela rodoviária.