TRE-PR reforça combate às Fake News e fala sobre segurança das urnas eletrônicas em Paranaguá


Por Flávia Barros Publicado 21/08/2022 às 00h03 Atualizado 17/02/2024 às 15h36

Foi realizada na última sexta-feira (12), no Tribunal de Justiça de Paranaguá, uma audiência pública promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O evento fez parte do 13º Encontro Regional de Combate à Desinformação e Fomento à Inteligência e à Segurança do Processo Eleitoral e das Urnas Eletrônicas (ENCOSEGUE). Os participantes assistiram painéis sobre a urna eletrônica; metas da Justiça Eleitoral; campanha de incentivo aos mesários voluntáriose sobre o Programa Permanente de Combate à Desinformação.

O presidente do TRE-PR, desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, participou da audiência e explicou o motivo de levar técnicos do TRE para mostrar como funcionam as urnas eletrônicas.

Aproveitamos esse momento para fazer o combate à desinformação, em especial sobre o processo eletrônico, e dizer ao eleitor que vote com tranquilidade, porque esse processo é totalmente transparente. Para esse combate nós estamos aqui, trazendo, por exemplo, a urna eletrônica, essa que é tão mal falada e que traz para a comunidade várias dúvidas.  Com ela nós trouxemos os técnicos do TRE-PR para mostrar o seu funcionamento e suas virtudes e as suas eventuais vulnerabilidades para que o eleitor, ao receber a desinformação, não seja enganado, para que ele depois possa propagar as verdades”, disse ao JB Litoral.

GRALHA CONFERE; FERRAMENTA ALIADA

O desembargador também ressaltou como os cidadãos podem conferir se uma notícia é verdadeira ou fakenews. “Caso o eleitor tenha qualquer dúvida, nós criamos um serviço de checagem denominada ‘Gralha Confere’. É só digitar no Google e lá teremos responsáveis a disposição da comunidade para informar sobre as notícias falsas e verdadeiras. Isso é importante, pois não queremos que o eleitor seja manipulado e enganado. É necessário que um cidadão cauteloso possa verificar se aquela notícia é falsa ou verdadeira, então digite ‘Gralha Confere’ e verifique se vale a pena propagar ou não aquela notícia”, orientou.

REDES SOCIAIS X ELEIÇÕES: COMO O TRE-PR ATUA NO MUNDO VIRTUAL

O presidente do TRE-PR falou à reportagem que o tribunal tem buscado as redes sociais para propagar as notícias verdadeiras. “Utilizamos todos os instrumentos, como Twitter, Facebook, Instagram, TikTok e o Gralha Confere. O importante é que o eleitor seja informado sobre a verdade, porque o combate à desinformação se faz assim. Claro que aqueles que criam as fakenews estão em vantagem, a notícia falsa se propaga com rapidez em relação à notícia verdadeira, sendo assim, estamos trabalhando de forma intensa para conseguir combater essa desinformação”, disse Wellington Emanuel Coimbra de Moura.

Audiência pública fez parte do Encontro Regional de Combate à Desinformação e Fomento à Inteligência e à Segurança do Processo Eleitoral e das Urnas Eletrônicas; TRE garante que urnas são seguras / Crédito: JB Litoral

JOVENS LOTARAM PLENÁRIO

Os jovens foram a maioria dos presentes na audiência pública, e o fato não passou despercebido pelo desembargador.

Isso é de suma importância, até porque esse mesmo jovem irá propagar a verdade, para os pais, tios, avós e seus ascendentes, nos ajudando a combater a notícia falsa. Então é importante porque eles serão nossos eleitores do futuro e do presente. A presença deles nesta assembleia traz a cidadania, a necessidade da participação de todos, afinal todos somos iguais, desde aqueles idosos que, por exemplo, estão em hospitais ou em casas de longa permanência. Estamos atentos a todos. Estamos levando uma urna eletrônica para alguns hospitais e para essas casas, porque é uma forma de conferir as estes, que estão às margens do processo, a inclusão social e um pouco de dignidade”, finalizou o presidente.

TODAS AS IDADES

A juíza do Fórum Eleitoral de Paranaguá, Giovana Ehlers Fabro Esmanhotto, afirmou que além de o TRE estar onde os mais jovens estão, nas redes sociais, também mantém e incentiva os canais de diálogo com os “menos jovens”.

 “Assim a gente pode aproximar a sociedade da gente, mostrar com transparência, eficiência e a segurança das urnas; tirar dúvidas dos eleitores sobre o prazo, sobre o que pode e o que não pode fazer na  política. Os mais jovens estão nas redes sociais, que é uma linguagem. Já os mais velhos são alcançados pelas visitas dos servidores até onde essas pessoas frequentam, desde praças até casas de permanência e hospitais, onde levamos panfletos; também por e-mails e pelo site oficial do TRE, porque a linguagem é diferente”, disse a juíza.

MAIS VOVÔS E VOVÓS NAS URNAS

Na semana passada, o TRE-PR divulgou que o Paraná registrou aumento de 31% no eleitorado com mais de 70 anos, em comparação com as eleições gerais de 2018, quando haviam 580.276 pessoas aptas a votar. Para 2022, o número saltou para 762.096 pessoas. 

De acordo com o Portal de Estatísticas do TSE, a maioria do eleitorado acima de 70 anos aqui no Estado é representada por mulheres, com 422.237 eleitoras. Já os homens são 339.730 eleitores da faixa etária. 

O crescimento do eleitorado dessa faixa etária seguiu uma tendência nacional. No Brasil, os idosos aptos a votar são 24% a mais do que os que podiam ir às urnas em 2018.