Usina de Biodiesel de Paranaguá está temporariamente desativada


Por Redação JB Litoral Publicado 21/02/2015 às 15h13 Atualizado 14/02/2024 às 06h12

Com o projeto iniciado em 2009 e entrando em funcionamento no ano de 2011, a Usina de Biodiesel de Paranaguá está totalmente parada nesse ano de 2015. O projeto, que visa a reciclagem do óleo de cozinha utilizado nas residências do município, foi implementado em uma parceria entre a Prefeitura e Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio do Senai-PR. Em julho de 2011, quando foi lançado, a usina foi amplamente divulgada em todo o estado, como um método sustentável e inovador, porém, apesar disso, o projeto, em menos de quatro anos de existência, já não está mais em funcionamento.

Quando foi inaugurado em 2011, a capacidade de produção da usina de biodiesel, que transformava óleo de cozinha usado em um combustível reaproveitado, era de 800 litros por dia. O investimento inicial no empreendimento era de R$200 mil, valor que foi dividido entre Executivo e Fiep. Na época, se evidenciou que a iniciativa iria trazer economia dos gastos públicos, pois o combustível feito iria abastecer a frota municipal.

A capacidade de produção da usina de biodiesel, que transformava óleo de cozinha usado em um combustível reaproveitado, era de 800 litros por dia.

Além disso, a usina evitaria que milhares de litros da água fossem contaminados com o óleo de fritura. “O Sistema Fiep, com seu presidente que tem uma grande sensibilidade para as questões ambientais e sociais, abraçou a ideia que está materializada aqui. Estamos mostrando para todo o Paraná e ao Brasil que parcerias são possíveis e úteis para a sociedade”, declarou o prefeito de Paranaguá na época, José Baka Filho.

Além disso, outro benefício seria em torno da educação profissional, pois junto com a Usina se abriria uma escola prática que capacitaria alunos do Senai para operar no local, um laboratório na escala 1:1, que daria condição de emprego aos jovens do município. Porém, agora com a usina fora de funcionamento, mesmo que haja a formação de pessoas aptas, não há local para que elas trabalhem mesmo com a formação no curso. Haveria também a possibilidade das indústrias locais utilizarem a usina para reciclagem de óleo utilizado, opção inexistente no momento.

Usina volta em 2015, garante prefeitura

O JB entrou em contato na última semana para saber a situação atual da Usina de Biodiesel. A assessoria da Prefeitura respondeu que “o Programa Municipal de gerenciamento de óleos e gorduras residuais foi instituído pela Lei Ordinária Municipal no. 3049/2009. As solicitações para coleta de óleo nas residências (acima de 20 litros) podem ser feitas através do telefone (41) 3420-2953. A sede da SEMMA no Aeroparque e o Setor de Limpeza Pública (garagem) da Prefeitura são Pontos de Entrega Voluntária para aqueles munícipes que optarem por levar o óleo”, informa.
Ainda segundo o Executivo, o óleo é coletado também em determinados estabelecimentos comerciais, sendo que essa opção está aberta aos comerciantes que não aderiram ao programa.

Apesar de coletar o óleo, a usina que transformava o produto em biodiesel atualmente não está funcionando, visto que, a própria Prefeitura admitiu que “a estrutura física da Usina, montada no pátio da garagem da prefeitura, terá seu funcionamento regularizado após revisão de manutenção já iniciada no início de 2015, visando melhor eficiência do processo de transformação. O Convênio com a FIEP, através do SENAI, continua vigente”, ressalta.
“Trata-se de um Programa Municipal de grande importância para o município e que, por isso, além do aspecto legal, tem sua continuidade preservada. O Objetivo do Programa é de oferecer uma opção de destinação mais adequada do óleo de cozinha usado, evitando o seu despejo incorreto e a consequente contaminação ambiental”, finaliza a Prefeitura, que, apesar de ressaltar a importância do programa, atualmente mantém a usina desativada, que deverá funcionar nesse início de ano, segundo estimativa da assessoria.