Vereadora de Morretes é atacada virtualmente por defender protesto dos professores no PR


Por Redação JB Litoral Publicado 12/06/2015 às 09h00 Atualizado 14/02/2024 às 08h10

No último dia 20 de maio, a vereadora Flávia Rebello Miranda (PT) foi ao plenário da Câmara de Morretes criticar abertamente o governador Beto Richa (PSDB), que, segundo ela, é responsável direto pela continuidade da greve em todo o Paraná. Além disso, a vereadora, que é também professora concursada do Estado, denunciou sucessivos ataques à sua pessoa em redes sociais através de perfis falsos e do assessor jurídico do Estado do Paraná, Jorge Piloto, bem como dos funcionários comissionados do prefeito Hélder Teófilo dos Santos (PSDB), André Luis da Silva e Glauci Santos, que teriam “curtido” as postagens denegrindo a imagem da vereadora.

Flávia argumenta que a gestão de Beto Richa no Paraná é um “desgoverno”, acrescentando que a negociação do governador com os servidores apresenta falta de propostas respeitosas aos funcionários. “O que está sendo reivindicado não é um aumento salarial, mas sim a reposição de INPC que é Lei e o Governador deveria cumprir sem sequer perguntar. Todos os servidores do estado estão sendo achincalhados e alvo de deboches do governador Beto Richa”, acrescenta, expondo também que ela atua como presidente da comissão de Greve do Estado do Paraná em Morretes, visto que é funcionária pública do Estado e defende os seus direitos.
Sua atuação firme contra o governador e em prol da greve acabou gerando ataques por parte de comissionados do Governo do Estado e da própria Prefeitura de Morretes, afirma a vereadora. Segundo ela, o assessor jurídico do Estado, Jorge Piloto, postou em seu Facebook, algo repercutido em perfis falsos, comentários criticando a vereadora, expondo sua remuneração como funcionária pública e vereadora, assim como criticando frontalmente o fato de Flávia estar em greve e pertencer ao PT, até mesmo afirmando que ela estava quebrando o patrimônio público.

Tarefa de pau mandado

A vereadora fez questão de responder que é petista desde seus 22 anos de idade com muito orgulho, ressaltando que as atitudes do assessor jurídico são tarefas de “pau mandado”, que trabalha com “pessoas que precisam perder o caráter para agradar quem manda e conseguir um determinado cargo ou emprego”. Ainda sobre o autor da postagem, a legisladora afirma que o mesmo não possui amizade com cidadãos de Morretes e nenhuma relação com o município.

Os ataques virtuais passaram do cenário do comissionado de Richa para os cargos políticos do prefeito Hélder, aliado do governador e pertencente ao PSDB, visto que, de acordo com a vereadora os comissionados da Prefeitura André Luis da Silva e Glauci Santos teriam curtido postagens degradantes contra a vereadora, na intenção de agredir Flávia. Segundo ela, a resposta será feita com ações judiciais contra os responsáveis pelas postagens, “e se há mais paus-mandados fora do Governo do Estado vão ter que se explicar, haja vista que quem curte também apoia o autor da postagem. Os autores e apoiadores destas postagens terão de provar as suas afirmações, inclusive a que esta vereadora quebrou patrimônio público. A APP entrará com uma representação judicial contra todas estas pessoas que fizeram mau uso do Facebook”, completa. “Como vereadora e professora de carreira que passou em dois concursos públicos devo ser muito bem respeitada, não preciso pedir nada a ninguém, pois desenvolvo as funções por exclusivo merecimento. Sou vereadora porque recebi 406 votos nas últimas eleições municipais para representar o povo de Morretes, e diante da indignação pelo fato ocorrido já fiz print screen das postagens, fiz Boletim de Ocorrência (BO), e registrei no cartório os nomes dos envolvidos para que sejam julgados e caso haja entendimento que os mesmos estão errados, possam receber as suas sanções”, finaliza Miranda.