Vereadora denuncia retorno de recurso que seria usado na luta contra a dengue


Por Redação JB Litoral Publicado 23/04/2016 às 05h00 Atualizado 14/02/2024 às 13h12

Em sessão legislativa do final de março, a vereadora Flávia Rebello Miranda (PT) criticou o governador Beto Richa (PSDB) com relação à destinação de verbas para a luta contra a dengue no município, que seria exclusivamente para atendimento de turistas e não dos moradores. Além disso, segundo ela, há a possibilidade da quantia de R$ 432 mil advindos do programa estadual “Saúde do Viajante”, ser devolvida ao caixa estadual por inutilização. 

Segundo a vereadora, as informações foram obtidas em reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS), onde foram eleitos novos membros para compor a diretoria do conselho. De acordo com a legisladora, os recursos de mais de R$ 430 mil foram enviados em janeiro, no entanto, tiveram erros com relação à forma com que Richa determinou para serem usados em Morretes.

“Este recurso não pode ser usado ao combate à dengue, pois é um recurso para Saúde do Viajante, isto é, R$ 432 mil somente para abrir uma sala para recepcionar turistas que apresentem qualquer sintoma da doença. A secretária de Saúde informou que talvez esta verba seja devolvida, pois não tem como aplicar da forma que o Governo Estadual quer”, critica. De acordo com ela, em cerca de três anos, a vereadora só lembra-se de serem liberados “um ou dos recursos deste governo (Richa), a não ser emendas parlamentares”, completa.

Atualmente, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Morretes conta com 99 casos confirmados de dengue. O município tem 91 casos importados da doença, ou seja, de cidadãos que pegaram dengue em outros locais. Apesar disso, oito casos são de pessoas que contraíram o vírus em Morretes, demonstrando a presença do mosquito Aedes Aegypti na cidade.
Promessa de Richa não cumprida

Segundo a vereadora Flávia, em campanha, o governador Beto Richa se comprometeu a realizar a reforma do Hospital e Maternidade Municipal de Morretes com o valor de R$ 2 milhões. Com ironia, ela ressaltou que “não achou esse recurso e que o hospital continua da mesma forma, com precariedade e dificuldade, sendo que a diretora do Hospital luta para manter o atendimento”, finaliza. “O que está deixando o município em pé são os recursos do Governo Federal, mesmo com todas as dificuldades e acusações”, finaliza.