“Torcemos para que a união gere chances reais de eleição”, diz vereador de Paranaguá sobre a incorporação do PSC ao Podemos


Por Amanda Batista Publicado 21/06/2023 às 15h14 Atualizado 18/02/2024 às 14h51

Na última quinta-feira (15), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a incorporação do Partido Social Cristão (PSC) ao Podemos (Pode). Em Paranaguá, seis vereadores que fazem parte das legendas devem ser impactados pela decisão, que vai liberar o acesso do Podemos aos recursos do Fundo Partidário de 2023 e à propaganda no rádio e TV.

Agora, os parlamentares Ezequias Ferreira (Pode), o Maré; Jean Mauricio Garcia Domingues (Pode); José da Costa Leite Junior (PSC); Renan de Andrade Britto Barboza (Pode); Waldir Turchetti da Costa Leite (PSC) e o Welington dos Santos Frandji (Pode) devem decidir se preferem continuar no partido ou optar por uma nova agremiação durante a Janela Eleitoral, no primeiro semestre de 2024.

Para o parlamentar Welington Frandji (Pode), a incorporação fortalece o Podemos tanto em qualidade quanto em quantidade, já que nomes como o do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Marcelo Fachinello (PSC), agora fazem parte do grupo.

Anteriormente, o Podemos já havia absorvido outras siglas, e agora recebe o PSC, que fortalece o Partido não apenas no Paraná, mas em todo o Brasil”, afirma. “Desde o princípio, fui favorável a essa incorporação porque assim criamos um partido mais forte, com maior tempo no rádio e televisão para a propaganda eleitoral”, acrescenta.

Para o vereador Ezequias Ferreira (Pode), a liberação do Fundo foi o fator determinante para a aglutinação das legendas, que, segundo ele, deveriam ter realizado uma ampla consulta com os filiados antes de decidir pela incorporação.

Em Paranaguá, somos quatro vereadores do Podemos e em momento algum fomos ouvidos em tal decisão. O Fundo é um grande divisor, é um dos motivos da união, mas eu, particularmente, não concordo com o uso dele”, diz.

Maré conta que ainda é cedo para decidir se permanece ou não no Podemos, mas destaca que o sucesso da junção vai depender da liderança da sigla.

A união pode trazer benefícios ou problemas, vai depender das cabeças decisórias. É comparado a um casamento, temos que renunciar algumas coisas para que haja um entendimento, mas só o tempo dirá se vai dar certo”, comenta.

Segundo o líder do Governo na Câmara, o vereador Leite Júnior (PSC), os filiados devem aguardar a formalização de um novo estatuto antes de decidirem se permanecem ou não na legenda. Apesar da precaução, ele ressalta que a incorporação deve melhorar o desempenho dos candidatos nas próximas eleições.

O PSC, na última eleição de nível estadual, não obteve resultados positivos. Além de não fazermos nenhum deputado federal, não fizemos nenhum estadual por falta de chapa, o que foi muito prejudicial para o partido. Torcemos para que essa união fortaleça a legenda, atraia novos membros e gere chances reais de eleição para os filiados”, salienta.

Fusão versus Incorporação

A fusão ocorre quando dois ou mais partidos já existentes se unem, formando um novo. Em 2022, houve somente um pedido de fusão, entre o Partido Social Liberal (PSL) e o Democratas (DEM), que originou o União Brasil.

Já a incorporação ocorre quando uma legenda é absorvida por outra. No caso, cabe ao partido político que será incorporado deliberar, por maioria absoluta de votos, em seu órgão de direção nacional, sobre a adoção do estatuto e do programa da agremiação partidária incorporadora.

Dentre os motivos que levam os partidos a se incorporarem, estão a busca pelo fortalecimento de uma agenda política comum; a coincidência de linhas ideológicas que tornam redundante a existência de dois partidos distintos e o fortalecimento das chapas no período eleitoral.

*Com informações do TSE