“Torcemos para que a união gere chances reais de eleição”, diz vereador de Paranaguá sobre a incorporação do PSC ao Podemos
Na última quinta-feira (15), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a incorporação do Partido Social Cristão (PSC) ao Podemos (Pode). Em Paranaguá, seis vereadores que fazem parte das legendas devem ser impactados pela decisão, que vai liberar o acesso do Podemos aos recursos do Fundo Partidário de 2023 e à propaganda no rádio e TV.
Agora, os parlamentares Ezequias Ferreira (Pode), o Maré; Jean Mauricio Garcia Domingues (Pode); José da Costa Leite Junior (PSC); Renan de Andrade Britto Barboza (Pode); Waldir Turchetti da Costa Leite (PSC) e o Welington dos Santos Frandji (Pode) devem decidir se preferem continuar no partido ou optar por uma nova agremiação durante a Janela Eleitoral, no primeiro semestre de 2024.
Para o parlamentar Welington Frandji (Pode), a incorporação fortalece o Podemos tanto em qualidade quanto em quantidade, já que nomes como o do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Marcelo Fachinello (PSC), agora fazem parte do grupo.
“Anteriormente, o Podemos já havia absorvido outras siglas, e agora recebe o PSC, que fortalece o Partido não apenas no Paraná, mas em todo o Brasil”, afirma. “Desde o princípio, fui favorável a essa incorporação porque assim criamos um partido mais forte, com maior tempo no rádio e televisão para a propaganda eleitoral”, acrescenta.
Para o vereador Ezequias Ferreira (Pode), a liberação do Fundo foi o fator determinante para a aglutinação das legendas, que, segundo ele, deveriam ter realizado uma ampla consulta com os filiados antes de decidir pela incorporação.
“Em Paranaguá, somos quatro vereadores do Podemos e em momento algum fomos ouvidos em tal decisão. O Fundo é um grande divisor, é um dos motivos da união, mas eu, particularmente, não concordo com o uso dele”, diz.
Maré conta que ainda é cedo para decidir se permanece ou não no Podemos, mas destaca que o sucesso da junção vai depender da liderança da sigla.
“A união pode trazer benefícios ou problemas, vai depender das cabeças decisórias. É comparado a um casamento, temos que renunciar algumas coisas para que haja um entendimento, mas só o tempo dirá se vai dar certo”, comenta.
Segundo o líder do Governo na Câmara, o vereador Leite Júnior (PSC), os filiados devem aguardar a formalização de um novo estatuto antes de decidirem se permanecem ou não na legenda. Apesar da precaução, ele ressalta que a incorporação deve melhorar o desempenho dos candidatos nas próximas eleições.
“O PSC, na última eleição de nível estadual, não obteve resultados positivos. Além de não fazermos nenhum deputado federal, não fizemos nenhum estadual por falta de chapa, o que foi muito prejudicial para o partido. Torcemos para que essa união fortaleça a legenda, atraia novos membros e gere chances reais de eleição para os filiados”, salienta.
Fusão versus Incorporação
A fusão ocorre quando dois ou mais partidos já existentes se unem, formando um novo. Em 2022, houve somente um pedido de fusão, entre o Partido Social Liberal (PSL) e o Democratas (DEM), que originou o União Brasil.
Já a incorporação ocorre quando uma legenda é absorvida por outra. No caso, cabe ao partido político que será incorporado deliberar, por maioria absoluta de votos, em seu órgão de direção nacional, sobre a adoção do estatuto e do programa da agremiação partidária incorporadora.
Dentre os motivos que levam os partidos a se incorporarem, estão a busca pelo fortalecimento de uma agenda política comum; a coincidência de linhas ideológicas que tornam redundante a existência de dois partidos distintos e o fortalecimento das chapas no período eleitoral.
*Com informações do TSE