A desinformação por interesse pessoal!


Por Redação JB Litoral Publicado 06/08/2015 às 05h00 Atualizado 14/02/2024 às 09h03

A informação, mesmo sem qualquer tipo de explosivo ou elemento químico/nuclear, sempre foi, ainda é e sempre será uma das mais mortais armas de destruição na sociedade. Manuseá-la requer cuidado maior que o toque na nitroglicerina, pois se for tendenciosa ou mentirosa gerará consequências trágicas para muitas pessoas. Uma prova disto é a célebre frase do nazista Joseph Goebbels, “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, que foi Ministro da Propaganda do Reich na Alemanha Nazista e, desta filosofia resultou o mito Hitler e o pesadelo chamado Holocausto. 

Atualmente, vivemos um momento onde a informação trocou o consagrado, porém anacrônico papel impresso pelas redes sociais, que não carecem de caneta tampouco microfone: ela acontece no simples toque dos dedos de um teclado. Desta forma, o ato de mentir, desinformar ou manipular a informação se torna fácil, inconsequente e impune até certo momento. Mas a notícia, mesmo com toda tecnologia, continuará sendo um travesseiro de penas, que quando lançada, ninguém é capaz de segurar, se dissipando com a velocidade do vento, independentemente do seu meio de propagação. Diante desta flexibilidade e capacidade de alcance, poderosos e grandes grupos econômicos se valem de todas essas prerrogativas para fazer valer seus interesses em detrimento do que é bom para uma comunidade. É o que ocorre com a poligonal portuária em nossa cidade e nas vizinhas Antonina e Pontal do Paraná. Quem deveria ser isento e responsável com que fala, posta, escreve e discursa, serve de marionete da informação daqueles que querem o bem para eles mesmos e não de toda uma região portuária.
I
nsistir em dizer que a nova poligonal proposta pela Appa foi elaborada pela SEP e, consequentemente, pelo Governo Federal é tentar jogar para os outros a culpa por uma desnecessária polêmica, visando tão somente o interesse capital. Ora, se a própria SEP, a Antaq e até a Appa garantem que a poligonal elaborada pelo PDZPO e Plano Master é melhor que a atual, que poderia ser mantida, porque tentar impor uma redução que só trará prejuízos?

A tentativa de passar um atestado de burrice com gráficos e argumentos técnicos em 387 páginas chega a ser um atentado contra a lógica da movimentação portuária. Com seis novos arrendamentos aprovados para 2016, através do Plano de Investimentos e Logística (PIL) que resultarão em 21,36 milhões de toneladas a serem movimentadas, fica evidente que a poligonal que está em vigor é extremamente viável e não se enquadra no artigo 68 da lei 12.815/2913. É preciso cautela e responsabilidade com que se informa, mesmo que feito para compensar vantagens financeiras e pessoais, pois o futuro, se a Deus pertence, somos nós que o fazemos com nosso livre arbítrio.