A perniciosa mania de enganar e incitar o povo


Por Redação JB Litoral Publicado 21/04/2015 às 14h00 Atualizado 14/02/2024 às 07h11

   O artigo 286 do Código Penal Brasileiro tipifica a atitude de incitar publicamente como prática de crime e determina uma pena de três a seis meses de prisão no Brasil. Para quem usa de sua desinteligência para investir em ações que coloquem em risco a integridade física das pessoas jamais deveria estar revestido de cargo público e eletivo. 

   O ato pernicioso supostamente cometido pelo secretário de Obras de Antonina, Alexandre Parodi, segundo relato na rede social do vereador Marcio Balera, mostra que já não basta enganar o povo e que é preciso usá-lo como massa de manobra para encobrir erros básicos de gestão. Culpar o Poder Legislativo por mancadas cometidas pelo Poder Executivo, mesmo que defendendo uma bandeira em favor da população, é tentar jogar aos outros sua ineficiência, incapacidade e, quem sabe, desconhecimento dos processos administrativos.

   Agora ir mais longe e investir na mentira para incitar moradores do Tucunduva e funcionários da Megapav somente para fazer prevalecer os interesses de seu grupo político é mais do que crime, é desprezível. 

É assim que vemos a tentativa de corrigir a irregularidade da necessária obra de pavimentação no bairro fomentando a ira de pessoas boas e trabalhadoras contra os vereadores da Câmara de Antonina.
  O JB traz parte dos dois lados desta história, uma vez que o prefeito João Domero e o secretário Parodi se recusaram a dar sua versão completa dos fatos. Até porque transparência nos atos não tem sido uma das ferramentas desta gestão desde janeiro de 2013.
   Assim foi com a dívida do SAMU junto ao Cislipa, das muitas trocas de secretários municipais, da festa do barro na cidade que voltou, das obras inexplicáveis da Megapav, da falta de água, de coleta de lixo, dos valores gastos com a empresa de publicidade e tantas outras que ocuparam todo o espaço deste editorial.
Refém desta frágil administração ainda por mais um ano e oito meses, a população que não tem culpa de ter errado nas urnas em 2012 é quem sofre com a prestação de um fraco e ineficaz serviço público.