A união, despida de individualismo, faz a diferença!


Por Redação JB Litoral Publicado 20/07/2015 às 21h00 Atualizado 14/02/2024 às 09h02

A reportagem do JB abraçou a causa das Associações de Pais e Professores (APPs) que há anos são reféns do individualismo autoritário de algumas direções da rede municipal de ensino. Fadadas a serem meras coadjuvantes numa situação onde são eleitas para comandar uma entidade de forma completamente voluntária, algumas APPs se veem algemadas no exercício de sua função, cuja chave fica nas mãos da direção. 

O que ocorre na escola municipal Anibal Ribeiro Filho, onde a pessoa que responde pela APP na Receita Federal é a mesma desde 2009 e, na gestão anterior, sequer era a presidente eleita, é um exemplo do que não deve acontecer.

O fato de serem simples mães ou pais de alunos, às vezes com conhecimento limitado e a responsabilidade voltada tão somente para família, acabam submetendo-se a obedecer ao que reza a cartilha da direção, correndo o risco de responderem por atos que não praticaram.

O clichê propagado de que presidente e tesoureira de APP servem apenas para assinar cheques para direção precisa acabar e a Secretaria de Educação precisa deixar de fechar os olhos para esta situação. Para conseguir a conclusão de uma simples obra de colocação de grades que se arrastava há meses, apesar de paga antes mesmo de ser iniciada, foi necessário que o pai de um aluno denunciasse o caso ao JB. Mesmo não sendo da alçada da atual presidente Rosane de Oliveira da Cruz e sim da gestão anterior, foi preciso que a direção atual da APP se envolvesse numa polêmica para que, num passe de mágica, o responsável decidisse entregar a obra.

Apesar de buscar um bem para comunidade escolar, o pai que denunciou a paralisação da obra e a passividade da diretora se tornou um vilão na história. Felizmente, uma reunião tensa com mentiras e lágrimas teve uma condução impecável da secretária Hilda Werner que conseguiu incutir na cabeça da direção e integrantes da APP a necessidade de união por um bem maior: a escola e os alunos. Resta saber se, na prática e longe da maturidade e coerência da secretária Hilda, a coisa vai funcionar.

Para isso é preciso que se dispam do individualismo e invistam na tolerância e na convergência de opiniões e ações, que somente assim se fará a diferença.