Avulsos lutam e conseguem apoio em Brasília
Não bastasse a redução de mão-de-obra que a tecnologia tem provocado na faixa portuária com o Teapar e outras ferramentas, desde que a Appa lançou uma perigosa poligonal o trabalhador portuário avulso se agarrou à necessidade de lutar pelo seu mercado de trabalho e, mais ainda, pelo próprio porto.
O risco iminente de assistirem calados à precarização de atividades através dos malfadados Terminais de Uso Privado (TUP’S) fez com que a adormecida Intersindical despertasse diante do pesadelo de ser a última que teria de apagar as luzes do porto de Paranaguá.
Tal qual a lenda da fênix, a entidade renasceu das cinzas, buscou apoio daqueles que não poderiam negá-lo e na semana passada fez com que os TPA’s passassem a respirar aliviados. E não apenas os avulsos de Paranaguá e sim de todas as cidades portuárias, uma vez que o laboratório da maldade seria feito por aqui.
Com o acordo firmado entre SEP, ANTAQ, APPA e Intersindical, respaldado pelos senadores Gleisi Hoffmann e Roberto Requião, além do deputado federal que representa o lado inimigo, TUP’s agora são bem-vindos, pois terão de requisitar, contratar com vínculo e priorizar a mão de obra avulsa em todo o país.
O bom senso e a coerência baixaram na capital federal, que chegou ao ponto de acenar com um inconstitucional Decreto Federal para impor a implantação da nova poligonal da Appa, que alterou de forma prejudicial a área de porto organizado, apesar dos discursos dissimulados dos seus representantes.
Os trabalhadores mostraram sua força e a representação política paranaense eleita em 2010 justificou a confiança dos votos parnanguaras. A comunhão de esforços e o interesse comum de se manter viva a Cidade Mãe do Paraná e seu porto foi maior que o interesse do capital de especular a operação portuária.
Estão de parabéns a Intersindical, o Sindop, ministro Barbalho, Gleisi, Requião, Barros e a prefeitura, que resgataram a esperança do dia a dia no porto de Paranaguá.