Ninguém nota o absurdo no serviço público!
Na semana passada, um envelope com diversas notas fiscais adulteradas chegaram até a redação do JB com nítidos indícios de superfaturamento e cobranças irregulares na prestação de pequenos serviços nas escolas da rede municipal de ensino.
Mas nada como uma colcha feita de retalhos para aquecer as pessoas no inverno e assim a mão de obra de R$ 179,84 em um ventilador que custa a partir de R$ 200, muito contribuiu no faturamento de R$ 435 mil reais pela Asteca em 2014.
O interessante que as notas fiscais que chagaram até o JB estavam assinadas por servidoras das escolas onde os reparos foram efetuados e que não tinham a incumbência de perceber que algumas notas estavam escritas à mão com valores inclusos e pagamento total alterado. Ninguém viu os absurdos cometidos no serviço público e, se viram, pouco se importaram por não serem atribuição de sua função. Assim, cobrar R$ 365,63 pela instalação de um condicionador de ar, pode ser algo que seja respaldo de forma contratual, mas apenas a palavra “elétrica” e cobrar mais um valor de R$ 600, adulterando a nota para R$ 965,53 é algo que a prefeitura, os vereadores e o Ministério Público precisam investigar.
Em uma gestão que mentiu ao afirmar que havia feito a prestação de contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e ainda não nomeou sua Secretária Executiva desde 2013 se faz necessário checar estes possíveis indícios de superfaturamento no erário. Até porque a sabedoria popular diz que “de grão em grão a galinha enche o papo”, então podemos dizer que de centavo em centavo pode-se chegar a um polpudo saldo bancário com recursos públicos.
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