Quando menos vale mais!


Por Redação JB Litoral Publicado 28/09/2015 às 08h00 Atualizado 14/02/2024 às 10h16

Todo mundo conhece a máxima que diz que “qualidade é bem melhor que quantidade”, mas na política o ditado não é bem visto. Assim, em todo ano eleitoral, vemos uma enxurrada de nomes decididos a terem nomes nas urnas. A decisão final fica sempre para as convenções partidárias, quando as candidaturas são devidamente oficializadas. Na edição passada, mostramos que, em Paranaguá, 09 já se lançaram ao posto de pré-candidato a prefeito e o número aumentou para 10 já na terça. Mês que vem deve sair o 11° através de um partido aliado de Beto Richa no comando do Estado.
Agora é a vez de Antonina, cidade com pouco mais de 16 mil eleitores, que acena com nove nomes para eleição municipal de 2016.
Será que os políticos ainda não se deram conta que os tempos são outros e que os eleitores não são mais ingênuos a ponto de não entenderem o que existe por trás de tanto interesse no Poder Executivo?
A gestão pública, resguardada algumas exceções, se tornou a maneira mais rápida e fácil de enriquecimento sem o mínimo esforço e qualificação profissional.
Basta saber ler e escrever que qualquer eleitor pode se tornar prefeito de uma cidade, mesmo afirmando ao seu interlocutor que não entende nada de administração pública. E isso vale para a Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Senado e presidência da República. Mas se por um lado para alguns falta qualificação, conhecimento e escolaridade também sobre esperteza. Entretanto, o erário não precisa de esperteza e sim parcimônia, competência e austeridade nos gastos.
Atualmente, o prefeito de Antonina João Domero alega viver um período de crise e ameaça sequer realizar o desfilo cívico do aniversário da cidade e o carnaval em 2016, mesmo já tendo recebido dos governos Federal e Estadual mais de R$ 75 milhões até agosto. Por mais que esses recursos não tenham sido desviados, é de se questionar como eles não foram suficientes para gerir a cidade até momento já que, além deste aposto, há o orçamento municipal. Nem sempre fracasso em gestão pública é sinônimo de desvio de recursos. Às vezes trata-se de má condução. Em Antonina, cabe à Câmara Municipal tentar descobrir o que ocorre na cidade, pois a fiscalização dos atos do Executivo é sua principal missão.