“Quem pariu Mateus que o embale”!


Por Redação JB Litoral Publicado 08/06/2015 às 16h46 Atualizado 14/02/2024 às 08h08

Sob o comando do atual mais forte aliado da base tucana, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), houve a aprovação da PEC 182/2007 que trata da reforma política no país e que põe fim à reeleição para mandatos executivos de presidente da República, governadores e prefeitos. Algo que o JB vê com bons olhos. 

A votação teve diversas pérolas proferidas pelos nossos representantes em Brasília e, a mais preciosa delas, sem dúvida alguma, saiu da boca do próprio presidente Cunha. Segundo ele “prefeitos acabam governando para se reelegerem, ora, se não fosse visando à reeleição, para que governariam”?

Assim, com uma votação avassaladora de 452 votos a favor e apenas 19 contra, o fim da reeleição foi aprovado num primeiro momento e será votado em segundo turno na Câmara para depois seguir para o Senado caso seja acatado pelos deputados.
Contrário às pérolas, a frase mais sensata desta sessão foi dita pelo líder da presidenta Dilma Rousseff na Câmara, José Guimarães (PT-CE), que não viu problema algum na decisão e disparou: “Quem criou a reeleição foi o PSDB, ou seja, quem pariu Mateus que o embale. Defendo o fim da reeleição com mandato de cinco anos”, disse o líder do PT, de forma oportuna e didática.

Afinal, a reeleição para cargos do Executivo foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1997 sob o comando do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que queria disputar um novo mandato no ano seguinte. Só que em 18 anos de sua vigência foi o Partido dos Trabalhadores que acabou beneficiado por conta de sua politica pública voltada para a maioria dos brasileiros, permanecendo há 13 anos no poder contra apenas oito dos tucanos. Sem contar que o mandato de Dilma Rousseff termina em 01 de Janeiro de 2019, totalizando 16 anos da sigla petista no poder nacional.
Porém, penso que um mandato de cinco ou seis anos é o suficiente para que um gestor, realmente interessado em trabalhar para o povo, consiga, através dos impostos, melhorar a qualidade de vida nas cidades, estados e no país. O importante não é o tempo de trabalho e sim o caráter e a vontade de fazer algo de bom para as pessoas.