Appa e Sintraport não informam sobre novas demissões em razão do dedo de silicone
Situação polêmica, deflagrada em 2014 pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), com apoio da Polícia Federal (PF), após denúncia da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o caso dos “Dedos de Silicone” continua um mistério.
No final de 2016, a 4ª Promotoria de Justiça de Paranaguá do MPPR propôs denúncias contra 22 pessoas acusadas de envolvimento na apreensão de dedos de silicone, supostamente utilizados para fraudar o registro do ponto biométrico no porto. O objetivo seria o de simular o cumprimento de jornadas de trabalho.
Na busca e apreensão feita pelo Ministério Público, com o auxílio da Polícia Federal na zona portuária, foram apreendidos 23 moldes de dedos de silicone. Todos os denunciados que atuavam, na época dos fatos, eram portuários e, a maioria foi demitida, após conclusão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Porém, durante o processo que elegeu a nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Empregados na Administração e nos Serviços de Capatazia dos Portos, Terminais Privativos e Retro Portuários no Estado do Paraná (SINTRAPORT), uma denúncia feita pelo Ex-presidente derrotado na eleição, Chapa 1, Gerson do Rosário Antunes, Gerson Bagé, de uma suposta manipulação envolvendo oito portuários não pôde ser apurada pela Comissão Eleitoral e a eleição teve seu desfecho normal.
Na época, rumores davam conta de que a suposta manipulação comprometia portuários envolvidos no caso dos “Dedos de Silicone” e o JB Litoral teve acesso às novas informações sobre esta situação.
Entre elas, que após a demissão de sete portuários, quatro guardas e três assistentes operacionais, em janeiro deste ano, neste período de eleição, mais oito portuários estavam por ser demitidos e bastava a publicação das portarias.
No começo deste mês, a reportagem procurou o Sintraport, por intermédio do seu Presidente Adilson Cordeiro da Silva, para falar sobre o assunto. Este, porém, passou a responsabilidade de informar ao seu Vice-presidente Walmir Ferreira de Almeida. No dia 7 foi enviada mensagem eletrônica contendo três questionamentos, inclusive sobre os portuários que estariam por ser demitidos. Da mesma forma, foi procurada a Appa para se manifestar sobre o caso e, tanto a nova diretoria do Sintraport, bem como a nova direção da APPA, que até o fechamento desta edição não enviaram respostas. Nesta semana o JB Litoral irá protocolar na APPA pedido de informação, usando a Lei Federal 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).