Appa e Sintraport não informam sobre novas demissões em razão do dedo de silicone


Por Redação JB Litoral Publicado 28/06/2018 às 22h02 Atualizado 15/02/2024 às 03h44

Situação polêmica, deflagrada em 2014 pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), com apoio da Polícia Federal (PF), após denúncia da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o caso dos “Dedos de Silicone” continua um mistério.

No final de 2016, a 4ª Promotoria de Justiça de Paranaguá do MPPR propôs denúncias contra 22 pessoas acusadas de envolvimento na apreensão de dedos de silicone, supostamente utilizados para fraudar o registro do ponto biométrico no porto. O objetivo seria o de simular o cumprimento de jornadas de trabalho.

Na busca e apreensão feita pelo Ministério Público, com o auxílio da Polícia Federal na zona portuária, foram apreendidos 23 moldes de dedos de silicone. Todos os denunciados que atuavam, na época dos fatos, eram portuários e, a maioria foi demitida, após conclusão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Porém, durante o processo que elegeu a nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Empregados na Administração e nos Serviços de Capatazia dos Portos, Terminais Privativos e Retro Portuários no Estado do Paraná (SINTRAPORT), uma denúncia feita pelo Ex-presidente derrotado na eleição, Chapa 1, Gerson do Rosário Antunes, Gerson Bagé, de uma suposta manipulação envolvendo oito portuários não pôde ser apurada pela Comissão Eleitoral e a eleição teve seu desfecho normal.

Com nova diretoria, Sintraport não se manifestou sobre o assunto

Na época, rumores davam conta de que a suposta manipulação comprometia portuários envolvidos no caso dos “Dedos de Silicone” e o JB Litoral teve acesso às novas informações sobre esta situação.

Entre elas, que após a demissão de sete portuários, quatro guardas e três assistentes operacionais, em janeiro deste ano, neste período de eleição, mais oito portuários estavam por ser demitidos e bastava a publicação das portarias.

No começo deste mês, a reportagem procurou o Sintraport, por intermédio do seu Presidente Adilson Cordeiro da Silva, para falar sobre o assunto. Este, porém, passou a responsabilidade de informar ao seu Vice-presidente Walmir Ferreira de Almeida. No dia 7 foi enviada mensagem eletrônica contendo três questionamentos, inclusive sobre os portuários que estariam por ser demitidos. Da mesma forma, foi procurada a Appa para se manifestar sobre o caso e, tanto a nova diretoria do Sintraport, bem como a nova direção da APPA, que até o fechamento desta edição não enviaram respostas. Nesta semana o JB Litoral irá protocolar na APPA pedido de informação, usando a Lei Federal 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).