Lugar de mulher é onde ela quiser: na TCP, sendo a 1ª operadora de contêineres do Terminal, em Paranaguá


Por Luiza Rampelotti Publicado 07/03/2022 às 15h47 Atualizado 17/02/2024 às 03h08

Neste dia 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, data que marca as muitas conquistas, mas, também, reforça as adversidades enfrentadas até hoje pelas mulheres em diversos âmbitos da sociedade, inclusive no mercado de trabalho. Ocupar uma posição de igualdade em um ambiente predominantemente masculino pode não ser uma tarefa fácil para elas, mas, certamente, o desafio é aceito com garra e determinação, além de muita responsabilidade.

Este é o caso de Andréia Alexandrino Rodrigues, a primeira mulher operadora de RTG do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Ela controla um equipamento com mais de 140 toneladas que carrega contêineres.

Há 15 anos na empresa, Andréia é uma das 253 mulheres que atuam na TCP, em um cenário de 1334 colaboradores, no total. Ela conta que sua maior motivação para ocupar o cargo é o amor pelo trabalho operando equipamentos. “A cada promoção para novos aparelhos, a expectativa e vontade de aprender e me superar só aumenta. Amo o que faço e procuro sempre dar o meu melhor”, diz.

Outra mulher que atua na função operacional é Sirlei Somerhauzer, líder de Gate/Ferrovia/SAV e fluxo de organização. Segundo ela, logo no início de sua trajetória na empresa, um dos maiores desafios foi trabalhar com uma equipe majoritariamente masculina. Ela revela que teve medo, mas que o diálogo e a boa abordagem sempre a ajudaram.

“Onde quer que a mulher decida estar, ela fará toda a diferença”

No início, alguns colegas questionaram minhas habilidades pelo fato de o trabalho exigir muito, principalmente quando está chovendo, mas eu tinha um sonho e os comentários não me abalaram. Quando temos um objetivo, as pedras encontradas no caminho se tornam trampolim para o nosso sucesso”, acredita.

Para as trabalhadoras, as políticas internas da empresa contribuem para o desenvolvimento e crescimento profissional feminino dentro da corporação. Andréia comenta que a TCP possibilita oportunidades em vários setores, cargos e funções para as mulheres. “Isso é muito importante, pois a presença feminina no mercado de trabalho está cada dia mais forte. Onde quer que uma mulher decida estar, ela fará toda a diferença”, diz.

Já Sirlei destaca que a empresa realiza um trabalho contínuo para dar reconhecimento e garantir a igualdade de salários e oportunidades para as mulheres, que ainda estão em menor número no quadro de colaboradores, mas ocupam 23% das cadeiras de gestores, em cargos de liderança. “Ainda há um longo caminho a trilhar para que esse número cresça cada vez mais, mas a motivação necessária para que isso ocorra já existe entre o time. Aqui podemos evoluir como pessoa e como profissional pois temos oportunidades”, afirma.

Mães têm espaço

A ideia de que as mulheres não são capazes de conciliar com sucesso a vida profissional e pessoal, especialmente a maternidade, ainda é muito presente na sociedade. Essa é uma das grandes razões para a discrepância no número entre elas e homens em cargos de liderança no país.

Segundo um estudo da revista Crescer, 94% das mulheres sentem dificuldades para conciliar maternidade e carreira. No entanto, a supervisora de contas a receber da TCP, Alexandra Corrêa, passou por uma experiência diferente ao revelar a gravidez para a empresa.

Foi muito melhor do que eu imaginava. Me senti tão amada pela minha equipe, todos ficaram super felizes e ansiosos pela chegada da Manuela. O meu gestor se preocupa com o meu bem-estar, entende as ausências devido às consultas, então, eu posso dizer que eles cuidam muito bem de nós”, pontua.

Com os grandes exemplos citados, é possível afirmar que se engana quem acredita que funções operacionais não se encaixam para mulheres. Elas ocupam cargos que vão desde liderança até serviço braçal e mostram que, com muita determinação e ética, lugar de mulher é onde ela quiser.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da TCP