Obra não sai e Bento Rocha continua com crateras, lama e ciclovia intransitável


Por Redação JB Litoral Publicado 13/06/2016 às 11h40 Atualizado 14/02/2024 às 13h45

Passado um ano do anúncio da obra de recuperação da Avenida Bento Rocha pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) e a principal via de acesso ao porto continua sendo uma perigosa aventura com iminente risco de morte, para motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres em Paranaguá.

Com recursos já alocados pela estatal na ordem de R$ 14.665.313,88, a Bento Rocha se tornou um retalho de asfalto no concreto para minimizar o impacto das rachaduras, que abriram crateras ao longo de grande parte do trecho.  

Sem nenhuma informação pela APPA sobre o início das obras, anunciada para janeiro deste ano, pelo Diretor Empresarial, Lourenço Fregonese, durante participação na Câmara Municipal, o Vereador Arnaldo Maranhão (PSB), aprovou na semana passada um requerimento cobrando do Diretor Presidente da APPA, Luiz Henrique Tessuti Dividino, informações sobre a licitação da obra.

Na condição de presidente da Comissão de Assuntos Portuário e Turismo, o vereador solicitou no dia 30 do mês passado uma audiência com o diretor presidente para tratar do projeto da obra da Avenida Bento Rocha. Usando a palavra para defender a aprovação do seu requerimento de pedido de informação, Maranhão, criticou o descaso da estatal com a cidade e sua população, diante da demora do início da obra.  

Sem nenhuma manutenção nos governos de Roberto Requião, Orlando Pessuti, ambos do PMDB e Beto Richa (PSDB) por mais de uma década, a concorrência pública conta com uma empresa vencedora, a São Paulo Engenharia Ltda, que apresentou um preço de R$ 14.657.356,95. Porém, uma pesquisa no Portal de Transparência da APPA, mostra que no dia15 de abril o processo da obra deixou a presidência e foi para Comissão Permanente de Licitação e Cadastro (CPLC). De acordo com o Protocolo Geral do Estado sua tramitação encontra-se sob o status de “providências”.


Trecho da ciclovia diante do Colégio Randolfo Arzua cheio de lama. Foto: JB

Perigoso estado da avenida

No final de semana o JB percorreu a extensão da avenida, desde a ponte do Rio da Vila Guarani até o Terminal da PASA e constatou o perigo se transitar o trecho de 2.898,34 metros. Os trechos mais comprometidos estão numa situação que até mesmo enormes e pesadas carretas se aventuram andar na contramão, para desviarem das crateras e rachaduras.

A situação do trecho de ciclovia se encontra ainda pior e completamente intransitável, devido a enorme quantidade de lama, água suja e matagal.  Resíduos de produtos como soja, farelo e fertilizantes deixam a via lisa e escorregadia, aumentando o risco de acidente. A maioria dos acessos às principais empresas instaladas em sua extensão, como PASA e Romani, está com perigosas rachaduras. Veja a situação da avenida.