TJPR nega habeas corpus e Luis Polaco continua preso em Antonina


Por Redação JB Litoral Publicado 02/11/2017 às 20h14 Atualizado 14/02/2024 às 23h13

No dia 19 deste mês, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus do Ex-diretor da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Luiz Carlos de Souza, o “Luis Polaco”, que respondia pelo porto público de Antonina.

Os três desembargadores votaram e decidiram que Polaco deve permanecer preso na Delegacia da cidade.

Luis Polaco geriu o Barão do Teffé onde Dividino, também foi diretor. Foto/Appa

O ex-diretor é acusado de ter atuado na Câmara e na Prefeitura de Antonina com o intuito de favorecer o Terminal Privativo da Ponta do Félix (TPPF), onde o Diretor-presidente da APPA,

Luiz Henrique Tessuti Dividino, foi gestor antes de assumir a direção dos portos públicos do Paraná, nomeado pelo governador Beto Richa (PSDB) em 2012.

Segundo investigação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da “Operação à Deriva”, descobriu-se que Luis Polaco, junto a outros empresários e lideranças do setor privado, atuava no Executivo e Legislativo para favorecer o TPPF e outras empresas portuárias da região.

A acusação do MPPR ganhou repercussão nacional, por meio do programa “Fantástico” da Rede Globo, onde o repórter Eduardo Faustini rotulou Antonina como “a cidade da propina”, por conta de acusações que Luis Polaco teria supostamente repassado dinheiro para vereadores e ao Prefeito João Ubirajara Lopes (PSC), o João Domero, para que investimentos da Ponta do Félix fossem destravados no contexto antoninense.

O TJPR entendeu de forma unânime, por meio de seus desembargadores, que Luis Polaco deve continuar preso no próprio município onde já foi vereador por diversos mandatos.

Este entendimento judicial é diferente do que o que foi aplicado ao empresário Valdécio Bombonatto, acusado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) como suposto chefe da quadrilha de propinas em Antonina. O Tribunal de Justiça concedeu o Habeas Corpus impetrado por sua defesa por dois votos favoráveis contra um. Atualmente Bombonatto encontra-se em seu apartamento em Curitiba, no bairro EcoVille, em prisão domiciliar usando tornozeleira eletrônica para monitoração da justiça.