Sindicato dos Químicos de Paranaguá recebe deputado Requião Filho para falar sobre demanda do setor


Por Luiza Rampelotti Publicado 12/05/2023 às 17h44 Atualizado 18/02/2024 às 11h15
Reivindicação por cursos na área de fertilizantes será levada à ALEP, disse o deputado estadual

Na quinta-feira (4), o deputado estadual Maurício Thadeu de Mello e Silva, o Requião Filho (PT), e o ex-governador do Paraná e ex-senador pelo estado, Roberto Requião (PT), estiveram em Paranaguá cumprindo agenda em entidades sindicais. Um deles foi o dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Paranaguá (STIQFAPAR), presidido por Arildo do Nascimento.

Ainda recente na cidade, o STIQFAPAR já mostrou força. O sindicato se desmembrou da entidade que representava toda a categoria no estado para tratar apenas dos trabalhadores do município em 2017, mas foi apenas em abril do ano passado que passou a atuar de forma legalizada, conquistando o direito de fazer as negociações com as empresas através de Paranaguá.

Atualmente, o município conta com cerca de 50 empresas nas áreas de fertilizante, adubo, líquidos inflamáveis, gráficas e farmacêuticos, que empregam, aproximadamente, 7 mil trabalhadores do setor. Antes, esses funcionários precisavam se deslocar para a capital em busca de apoio sindical, mas, agora, podem ter todo o acompanhamento em Paranaguá.

No entanto, apesar das conquistas já alcançadas, Arildo explica que uma demanda antiga e necessária para a classe é a qualificação da mão de obra.

Deputado atuará para auxiliar na reivindicação 


Por isso, durante a visita do deputado estadual Requião Filho, o presidente pediu apoio para a vinda de cursos técnicos na área de fertilizante. “Queremos cursos na área de fertilizante, como Técnico em Química, Técnico em Agrícola, Engenharia Agrônoma, Classificação, Eletrotécnica com ênfase em Automação, Eletromecânica etc. São cursos que não temos na cidade, mas que têm muita demanda”, disse ao deputado.

Segundo Arildo, além da vinda dos cursos, é necessário que haja um processo de planejamento para que essas formações cheguem de maneira que os trabalhadores possam usufruir. “Não adianta só ter o curso, tem que ser um preço justo, que o trabalhador consiga pagar. Precisa ser algo muito bem pensado na realidade de Paranaguá”, afirmou.

De acordo com Requião Filho, o pedido do SITQFAPAR será levado para a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). “Vamos tentar trazer esses cursos para cá. Primeiro, iremos descobrir o caminho, analisarmos se essas formações são com o Sistema S para, então, darmos início às negociações. Além disso, também vamos conversar com a Universidade Estadual do Paraná, a Unespar, para quem sabe conseguirmos criar cursos nessa área na universidade”, garantiu.


Demanda é grande


O presidente do sindicato revelou que, atualmente, são as próprias empresas que qualificam a mão de obra do trabalhador, mas que isso leva muitos meses. Por isso, em muitos casos, são contratados trabalhadores de outras cidades que já tenham conhecimento prévio.

Arildo conta que a maior reivindicação do sindicato é para que os profissionais já cheguem nas empresas qualificados, fazendo com que as vagas sejam preenchidas, majoritariamente, por parnanguaras. “Hoje não temos nenhum curso nessa área, e temos muitas empresas instaladas na cidade. Então nossa briga é para qualificar o pessoal, trazendo formações voltadas não apenas à área portuária, mas também de fertilizantes e adubos, pois a mão de obra é muito escassa”, ressaltou.

De acordo com ele, o setor que hoje conta com mais de sete mil funcionários e 52 empresas deve crescer em breve. Ainda fazendo suspense, já que as negociações estão ocorrendo, o presidente do sindicato afirmou que, em breve, uma nova empresa do segmento se instalará em Paranaguá, garantindo, aproximadamente, mais 500 vagas de trabalho.

É muita demanda na nossa cidade para essa área ser completamente esquecida, como é hoje”, conclui.